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O laboratório de Bruno Alves é do nível do Arsenal

O laboratório de Bruno Alves é do nível do Arsenal

O laboratório de Bruno Alves é do nível do Arsenal

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O Caçadores das Taipas lidera a Série B da Divisão de Honra da AF Braga, com 15-8 em golos. Mas o que realmente impressiona é o número de golos resultantes de bola parada. São 11 em 18 marcados em toda a época, contando com os jogos de Taça. Apenas menos um do que os gunners, que têm um especialista na equipa técnica…

Esta época caminha a passos largos para ser uma das mais marcantes do Caçadores das Taipas. Na sua segunda temporada ao serviço do clube minhoto, o técnico Bruno Alves prepara minuciosamente os lances de bola parada, de forma a que a equipa possa fazer a diferença. E tem-na feito, quer no campeonato, quer na Taça. Ao todo, quase dois terços dos golos desta época – 11 em 18 – foram apontados graças aos chamados lances de laboratório: cantos, livres diretos e indiretos. E apenas um foi apontado de penálti. É mesmo um caso sério. O laboratório de Bruno Alves é do nível do Arsenal.

De há duas épocas para cá, é conhecida a grande capacidade da equipa de Mikel Arteta em fazer golos de bola parada, especialmente de cantos. E esta época, já soma 12 golos dessa forma. Mas o Caçadores das Taipas iguala os registos alcançados pelos gunners esta época. E se o clube inglês resolveu contratar Nicolas Jover, técnico francês especialista nos lances de bola parada, já o Caçadores das Taipas não tem essa possibilidade. Mas Bruno Alves mostra ter o laboratório bem oleado. E, na última jornada, a equipa bateu o São Paio por 3-1, com mais dois golos de bola parada…

Da esq. para a dir.: João Silva (preparador físico), Vítor Vieira (técnico-adjunto), Bruno Alves (treinador principal) e Jonas Vieira (treinador de guarda-redes)

Ter bons executantes também ajuda

Ao Craques, Bruno Alves explicou que este tipo de lances trabalha-se no treino. Mas só isso não basta. “Durante a semana, dedicamos boa parte do último treino da semana a esses lances. Mas temos três executantes muito bons. Dois canhotos e um destro. Depois, à medida que os lances funcionam, a confiança também vai aumentando. E mesmo que a primeira bola não entre, mostramo-nos muito fortes nas segundas bolas”, reconhece o jovem treinador, de 37 anos.

Os livres diretos frontais já ‘deram’ dois golos ao Caçadores

Reconhecendo que “estes números são inéditos” numa equipa sua, Bruno Alves lembra que já tinha tido sucesso noutra equipa. Mas não como agora. “Na segunda época no Aves, também fizemos muitos golos de bola parada [o técnico orientou o Aves nas duas épocas de renascimento do clube na distrital n.d.r.]. Mas agora, tem sido incrível”, atira. “Arsenal? Eles têm especialista só para isso… Estes lances têm uma importância cada vez maior no futebol, seja amador ou profissional. Além disso, agora todos os técnicos acedem a uma plataforma em que conhecem tudo o que as outras equipas fazem”, explica.

“Sem estarmos agarrados às bolas paradas”

Olhando para os números da equipa, percebe-se que os lances de bola parada têm tido uma importância acrescida no seu percurso. Nomeadamente os cantos, que representaram um terço (6) dos golos apontados pela equipa. Eis as números até ao momento:

Cantos – 6 golos
Livres diretos – 2 golos
Livres indiretos/laterais – 2 golos
Penálti – 1 golo

Ainda que a percentagem de golos alcançados em lances de bola parada seja elevada (61,1%), Bruno Alves entende que a equipa deve ter outras soluções para quando houver um momento da época em que aquela via não resulte. E o mister do Caçadores das Taipas já gostou do que viu especialmente na última jornada.

Os cantos a favor já resultaram em 6 dos 18 golos da equipa

“Há aqui uma questão a ter em conta. Nós somos os únicos que temos relvado natural, em todos os jogos que vamos fora, é sintético. E temos tido vários jogadores lesionados, o que tem obrigado a mudar 4 a 5 jogadores no onze de um jogo para o outro. No último jogo, já mudámos poucos e a equipa conseguiu construir muitas oportunidades de golo. Temos de jogar sem estarmos agarrados às bolas paradas. Elas são um trunfo mas não podem ser uma dependência”, diz. Reconhecendo, então, que “em termos exibicionais, a equipa não vinha mostrando a consistência que era desejada.”

Lugares cimeiros e… Stambouli

Com uma marca tão relevante no seu laboratório de bolas paradas, Bruno Alves quer manter o nível exibido pelo Caçadores das Taipas. “O objetivo é andarmos nos lugares cimeiros da tabela. Sabemos que há mais equipas com as mesmas metas, nomeadamente o São Paio, Torcatense ou o Santa Eulália. Mas até destaco o Ases de Sta Eufémia. Subiram e têm-se mostrado teimosamente competentes”, explica um jovem treinador que chegou a estagiar no Montpellier e conheceu um técnico que hoje é a sua referência.

Bruno Alves começa a deixar a sua marca no Caçadores das Taipas

“Não costumo guiar-me muito pelos treinadores que aparecem na televisão. Para mim, é sempre mais importante crescer com aqueles com quem me cruzo e me ensinam alguma coisa. Sejam eles treinadores, preparadores físicos, fisioterapeutas ou até mesmo jornalistas. Mas a destacar alguém, faço-o com Henri Stambouli, antigo treinador do Marselha campeão europeu e que me ensinou muito quando eu estagiei nos Sub-19 do Montpellier. Marcou-me porque me ensinou muita coisa”, admite Bruno Alves.

Por fim, questionado pelo Craques sobre onde se via daqui a 10 anos, o obreiro do laboratório do Caçadores das Taipas é direto. “Gostava de estar, sem dúvida, no futebol profissional. Prioritariamente em Portugal mas se o caminho me levar até ao estrangeiro, assim será. Gostava de trabalhar um dia no futebol profissional em Portugal. Mas agora estou muito feliz no Taipas e quando eu assumo um projeto, estou de corpo e alma nele, nada me faz mudar o meu trajeto. É aqui que tenho de continuar a crescer e a cumprir os objetivos do clube”, conclui. O laboratório de Bruno Alves promete continuar a mostrar resultados. O Arsenal que se cuide…

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