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Olhanense – Glórias do passado e a reinvenção em crise

Olhanense – Glórias do passado e a reinvenção em crise

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Entre conquistas épicas e momentos de iminente desaparecimento, o Olhanense foi, outrora, um primodivisionário do futebol português e Campeão de Portugal em 1923/24. Hoje, o clube de Olhão renasce com um novo nome e um novo símbolo, mas mantém viva a chama de um histórico repleto de conquistas e lutas memoráveis.

Fundado em 1912, o Olhanense rapidamente se impôs como uma referência no futebol algarvio e além-fronteiras. Nos seus dias dourados, a equipa alcançou feitos históricos, culminando na consagração como Campeão de Portugal na temporada 1923/24. Durante essa época de ouro, o Olhanense também figurava entre as equipas mais competitivas da I Divisão, tendo alcançado classificações de destaque que hoje são motivo de orgulho e, especialmente, de saudade. Olhanense – Glórias do passado e a reinvenção em crise.

Porém, nem só de glórias viveu a história do clube de Olhão. Em momentos críticos, o Olhanense enfrentou o fim, vendo a sua identidade e tradição ameaçadas. Foi justamente nesse contexto que a liderança visionária do presidente Manuel Cajuda se fez vital, promovendo uma reestruturação não só futebolística como também humana. Atualmente, o clube tem o nome de Olhanense 1912, registado com um novo símbolo.

Dias memoráveis

O melhor dia da vida do Olhanense foi vivido a 8 de junho de 1924. A final do Campeonato de Portugal, diante do FC Porto, terminou com goleada algarvia, no Estádio do Campo Grande, em Lisboa. Com golos de Delfim, Tamanqueiro, Gralho e Belo, o Olhanense goleou os azuis e brancos por 4-2 e consagrou-se campeão nacional.

O clube também participou numa final da Taça de Portugal, que ficou gravada na memória dos adeptos, e disputou campanhas memoráveis que, mesmo diante de adversidades, reafirmaram o seu carácter de lutador. Esse mítico jogo, disputado no Campo das Salésias, na zona de Belém, no dia 1 de julho de 1945, terminou com a vitória do Sporting por 1-0. Um dos pontos mais altos da história do Olhanense.

Conquistas do passado

Nos momentos de auge, o Olhanense não poupou, então, esforços para se afirmar entre as grandes potências do futebol nacional. O clube de Olhão participou 20 vezes na mais alta divisão de Portugal, tendo a última sido, já, em 2013/14.

A consagração em 1923/24 foi apenas uma das pedras angulares dessa trajetória de sucesso. As suas campanhas históricas mostraram um futebol competitivo e aguerrido, que chegou a alcançar classificações de elevado nível. Como, por exemplo, atingir posições na parte elevada da classificação, as quais ecoam, ainda hoje, como testemunho do seu potencial. Na época de 1945/46, o Olhanense obteve a melhor classificação de sempre no Campeonato Nacional, com o 4.º lugar. Ficou, então, apenas atrás do campeão Belenenses, além de Benfica e Sporting.

No palmarés do clube estão seis troféus de maior expressão: Campeonato de Portugal (1923/24); II Divisão (1935/36, 1940/41, 2003/04); III Divisão (1969/70) e Segunda Liga (2008/09).

Pessoas que marcam

A história de um clube é, também, história de pessoas e de momentos impagáveis. No Olhanense existem nomes, como o de Fernando Cabrita, antigo jogador do clube e, posteriormente, selecionador nacional no Europeu de 1984, que permanecem símbolos do emblema algarvio.

Ao longo dos anos, inúmeros jogadores e treinadores passaram pelo clube, muitos dos quais seguiram para carreiras brilhantes e moldaram não apenas o futebol do Algarve, mas também o panorama nacional. Deixando, então, um legado que transcende os números e os resultados. Alguns destes exemplos são os treinadores Sérgio Conceição (2011/12 e 2012/13) ou Edgar Davids (2020/21). Embora tenham tido passagens curtas, fizeram o nome dos rubronegros ecoar pelo país inteiro.

Além destes dois comandantes, o Olhanense também acolheu jogadores como Gonçalo Ramos (PSG) ou Mateus Fernandes (Southampton), enquanto estavam na formação.

O ressurgimento com Manuel Cajuda

Numa fase em que as sombras da crise quase encobriam a história do Olhanense, a chegada de Manuel Cajuda como presidente foi decisiva. Com uma liderança firme e uma visão renovadora, o clube não apenas se reergueu, como também ousou reinventar-se perante a adversidade. As mudanças começaram pelo nome ‘Olhanense 1912’ e pelo tipo de relvado no Estádio José Arcanjo, que agora é sintético – para acolher os jogos das distritais. Mas o trabalho de Manuel Cajuda está à vista de todos.

O Olhanense é, hoje, a prova de que a história e a paixão podem resgatar o brilho perdido. Através de glórias que inspiraram gerações e desafios que forçaram uma reinvenção ousada, o clube continua a ser uma fonte de orgulho, memória e esperança. A sua trajetória demonstra que, mesmo nos momentos mais sombrios, o espírito de superação e a paixão pelo futebol podem escrever novos capítulos de glória e transformação.

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