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Pedro Viegas foi eleito melhor jogador do ano de futsal universitário de Lisboa

Pedro Viegas foi eleito melhor jogador do ano de futsal universitário de Lisboa

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O atleta da Universidade Lúsofona – Centro Universitário de Lisboa, foi eleito o melhor jogador do ano de futsal universitário em 2024/25, além de ser estudante de mestrado em Neuropsicologia Aplicada e jogador no CR Sobredense. O jovem, natural de Faro, concedeu uma entrevista exclusiva ao Craques.pt.

Pedro Viegas é aluno e atleta da equipa de futsal da Universidade Lusófona de Lisboa

Sei que não és natural de Lisboa. De onde és, onde começaste o teu percurso no futsal e como chegaste a Lisboa?

Sou natural de Faro, onde iniciei o meu percurso desportivo no futsal aos 16 anos, integrando diretamente uma equipa sénior na cidade de Faro – C.D. “Os Bonjoanenses” -, sem ter passado pela formação. Foi um início muito desafiante, sobretudo porque fiz a transição do futebol para o futsal, sendo uma mudança exigente a nível desportivo, mas acabou por se revelar determinante na minha evolução como pessoa e como jogador. Mais tarde, vim para Lisboa para prosseguir os meus estudos e entrei na Universidade Lusófona no curso de Psicologia, o que também me abriu novas oportunidades no “mundo” do futsal.

Qual foi o teu primeiro clube em Lisboa?

O meu primeiro clube em Lisboa foi o Club Desporto Jardim da Amoreira, uma instituição que me acolheu de forma excecional. Encontrei ali pessoas verdadeiramente apaixonadas pelo projeto, com destaque para o ‘Mister’ João Marçal, cuja dedicação e profissionalismo foram uma inspiração. Esse ambiente ajudou-me a consolidar a minha ligação com o futsal e fez-me crescer dentro e fora do campo, maioritariamente a perceber o que é realmente o futsal. Mais tarde, ingressei na equipa de futsal da universidade, conciliando as duas equipas durante o decorrer da temporada.

O farense começou o percurso no futsal aos 16 anos

Como conheceste o futsal universitário?

O desporto universitário é uma vertente extremamente positiva e bem estruturada em Portugal, abrangendo várias modalidades e diversos atletas/estudantes. Tive contacto com o futsal universitário através da minha universidade, e desde então tenho estado muito envolvido, não só como jogador, mas também como alguém que valoriza o papel do desporto na formação pessoal e académica. O futsal universitário permite equilibrar a competitividade com o espírito académico, algo que considero essencial para o bem-estar emocional.

A equipa é composta por atuais alunos ou também por antigos alunos?

De acordo com os regulamentos do desporto universitário, qualquer aluno pode participar até um ano após o término da sua inscrição na universidade. No nosso caso, a equipa é composta maioritariamente por atuais estudantes, embora alguns atletas tenham terminado recentemente o curso e, por isso, já não possam participar.

Pedro Viegas conheceu o desporto académico assim que entrou na Universidade Lusófona de Lisboa

Estão em que divisão. Como funciona o campeonato?

Atualmente, a nossa equipa não irá participar nesta edição da primeira divisão do campeonato universitário de Lisboa. Habitualmente, o campeonato é composto por dez equipas, sendo que as quatro melhores classificadas disputam a Final Four nas fases finais. Por um lado, as duas equipas piores classificadas descem de divisão para a segunda. Por outro lado, as duas equipas que vão disputar a final garantem a qualificação para o campeonato nacional universitário, uma competição de grande prestígio a nível académico.

Foi a primeira vez que conquistaste este prémio?

Sim, foi a primeira vez que conquistei o prémio de melhor jogador do ano de futsal em Lisboa, e posso dizer que é um reconhecimento que me deixou extremamente feliz e orgulhoso. É sempre gratificante ver o nosso trabalho, dedicação e esforço serem valorizados, sobretudo quando sabemos o quanto difícil é conciliar a vida académica, o desporto universitário e o clube fora da universidade. Este prémio representa muito mais do que uma distinção individual, é o reflexo de todo o caminho percorrido, das dificuldades superadas e do apoio das pessoas que me acompanharam ao longo desta jornada.

O prémio de melhor jogador foi entregue pela Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa

E prémios coletivos, já ganhaste?

Em termos coletivos, o percurso da equipa da AAULHT (Associação Académica da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias) tem sido superior em termos de sucesso. Criámos a equipa há 4 anos, e, desde então, temos conquistado títulos de forma consecutiva: uma vez campeões da segunda divisão; três vezes campeões da primeira divisão.

Desta forma, garantimos, também, a qualificação para os nacionais universitários de futsal ficando em 5.º lugar, 3.º lugar e, este ano, conquistámos o tão desejado título de campeões nacionais universitários. Este sucesso constante é fruto de um grupo muito unido, dedicado e com um enorme espírito competitivo. Por isso mesmo, este prémio individual é, para mim, também um agradecimento a todo o trabalho coletivo de toda a equipa.

O farense ajudou a AAULHT a conquistar o campeonato nacional, esta temporada

Jogas ao mesmo tempo noutro clube?

Sim, atualmente represento o C.R. Sobredense, um clube que considero uma verdadeira casa. Desde que cheguei, há quatro anos, fui recebido de forma extraordinária, por pessoas genuínas, com uma grande paixão pelo futsal e com um enorme sentimento de união e companheirismo. O ambiente que se vive neste clube tem sido fundamental no meu crescimento, não só como jogador, mas também como pessoa. É um clube onde me sinto valorizado, respeitado e motivado para continuar a evoluir todos os dias.

Concilias aulas, clube e futsal universitário?

Neste momento, estou a tirar um mestrado na mesma universidade, em Neuropsicologia Aplicada, e conciliar as aulas e o futsal não é, de forma alguma, fácil. Requer muita organização, disciplina e força de vontade. Há dias longos, com treinos e jogos em horários nem sempre agradáveis, além da exigência académica. No entanto, quando se faz algo com paixão, tudo se torna mais leve. O futsal é, para mim, muito mais que uma modalidade, é um estilo de vida e uma fonte constante de pura motivação e equilíbrio.

Aprendi a gerir o meu tempo, a lidar com o cansaço e manter o foco nos meus objetivos. Acredito que esta capacidade de equilíbrio é uma das maiores lições que o desporto me deu. No final do dia, o sentimento de realização ao ver o esforço recompensado, tanto dentro do campo tanto na universidade, faz tudo valer a pena.

O atleta concilia a vida académica, o futsal universitário e ainda é jogador no Sobredense, da AF Setúbal

Até quando vais estar ligado ao futsal universitário?

Enquanto me for possível, quero continuar ligado ao futsal universitário e, na verdade, ao desporto em geral, para o resto da minha vida. O futsal é algo que me completa, que me faz verdadeiramente feliz e que está profundamente ligado à pessoa que sou. Ao longo dos anos, percebi que o desporto não é apenas competição. É, também, um espaço de partilha, superação e crescimento pessoal. Estar envolvido neste meio faz-me sentir realizado e motivado a continuar a contribuir, de diferentes formas, para o seu desenvolvimento.

Neste momento, ainda não está totalmente decidido se a AAULHT irá competir esta época na segunda divisão do campeonato universitário de Lisboa, mas independentemente disso, mantenho-me ativo e ligado ao futsal universitário. Atualmente, desempenho funções como treinador-adjunto da equipa do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), que está a competir na primeira divisão do campeonato universitário. Esta experiência tem sido muito enriquecedora, pois permite-me viver o futsal de uma perspetiva diferente, podendo aplicar e transmitir tudo aquilo que aprendi ao longo do meu percurso como jogador. Sinto que o futsal vai acompanhar-me sempre, quer dentro de campo, quer for dele, seja como jogador, treinador ou simplesmente alguém que quer continuar a promover esta modalidade. Porque, no fundo, é isto que me move: estar ligado ao desporto, aprender, ensinar e continuar a crescer através dele.

A modalidade universitária precisa de mais atletas?

Sem dúvida. É fundamental que haja um reforço e valorização do desporto universitário. Este ambiente permite aos estudantes desenvolver determinadas competências (trabalho de equipa, responsabilidade, espírito competitivo) enquanto continuam a sua formação académica. Quanto mais atletas se envolverem, mais forte será o futsal universitário, e, consequentemente, o desporto nacional em geral.

Para terminar, até onde queres ir com o futsal?

Acima de tudo, quero continuar a desfrutar do que faço e a crescer através do futsal. Este desporto deu-me grandes momentos, amizades e aprendizagens que levo comigo para a vida toda. Enquanto tiver paixão e motivação, vou continuar sempre a dar o meu melhor dentro e fora de campo. Acredito que, com dedicação e espírito de equipa, podemos inspirar mais jovens a envolverem-se e a descobrir o quanto o desporto pode transformar vidas. Quero agradecer a todos os que têm feito parte do meu percurso desde o início, família, amigos, treinadores e colegas que acreditaram em mim.

Cada etapa tem sido uma aprendizagem e, sinceramente, sinto que o mais importante ainda está por vir. Por último, agradecer a oportunidade desta entrevista e pelo interesse em conhecer um pouco mais do meu percurso. Obrigado pelo convite e desejo ao Craques.pt todo o sucesso do mundo.

Pedro Viegas foi eleito melhor jogador do ano de futsal universitário de Lisboa

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