Logo
Desportos
Rubricas

REDES SOCIAIS

Um Vitória desconstruído

Um Vitória desconstruído

Um Vitória desconstruído

Nuno FarinhaNuno Farinha|

No espaço de três janelas de mercado, um Vitória de Guimarães que muito recentemente ameaçava poder vir a bater-se de igual para igual com o Sp. Braga… entrou num acelerado processo de degradação da sua capacidade competitiva como não há memória. E está hoje numa situação – do ponto de vista da qualidade e solidez do seu plantel – que já se torna difícil, sequer, definir um objetivo razoável para a classificação final em 2025/26.

Vamos por partes e comecemos, pois, pelos treinadores. Recordemos quem foram os técnicos nos últimos três anos e por quanto tempo ocuparam o cargo:

Moreno: 396 dias
Paulo Turra: 43 dias
Álvaro Pacheco: 224 dias
Rui Borges: 177 dias
Daniel Sousa: 18 dias
Luís Freire: 166 dias

Luís Pinto é, atualmente, o “homem do leme”, mas desde 2022 até hoje apenas um treinador se aguentou mais do que um ano: Moreno, precisamente. Depois de Moreno, o melhor que se conseguiu foram os 224 dias de Álvaro Pacheco – que conseguiu um trajeto incrível ao serviço dos vimaranenses, mas que, ainda assim, não viria a terminar a temporada (2023/24).

E daí em diante aconteceu “apenas” isto: Rui Borges (177 dias), Daniel Sousa (18!) e Luís Freire (166). É difícil perceber onde pode assentar a estabilidade de um projeto – ambicioso, supostamente – quando os treinadores se trocam a esta velocidade.

Mas mais difícil é, ainda, perceber a dinâmica de mercado do Vitória nestas últimas temporadas, quando se chega à conclusão que, em pouco mais de um ano, se vendeu praticamente toda (!) a equipa titular, sem que, até ver, se tenha conseguido garantir um nível minimamente aproximado daquilo que existia.

Os jogadores que deixaram o clube nas últimas duas temporadas “obrigariam” Luís Pinto, o atual treinador (jovem que fez uma temporada de grande nível, há um ano, no Tondela) a lutar por um lugar europeu. Sem qualquer dúvida. Seria difícil recusar o objetivo europeu, se porventura, o Vitória tivesse conservado os talentos que, por diferentes razões, acabaram por ser transferidos. A lista é longa e todos eles, sem exceção, chegaram a alimentar a ideia de que poderíamos estar perante um projeto capaz de ombrear com o “vizinho” Sp. Braga. A saber: Ricardo Mangas, Alberto Costa, Manu Silva, Handel, Borevkovic, Relvas, Bruno Varela, Tiago Silva, João Mendes, Villanueva, Bruno Gaspar, Kaio César, Jorge Fernandes, Nélson da Luz e, para fechar, Jota Silva.

Honestamente, o que podem os adeptos do Vitória ambicionar para 2025/26 com o plantel que hoje está à disposição de Luís Pinto, com este início de época tão tremido e, sobretudo, sem se perceber para onde, afinal, se pretende levar um clube que nasceu para ser grande?

Notícias e Entrevistas

Subscreve para receber as últimas novidades, entrevistas exclusivas, análises de jogos e muito mais.

Cuidamos dos teus dados conforme a nossa política de privacidade.

logo

NEWSLETTER

Subscreva a nossa newsletter e receba em primeira mão as nossas notícias

Ao subscrever estará a concordar com nossa política de privacidade.

REDES SOCIAIS

Copyright © 2025 CRAQUES.PT
Todos os direitos reservados