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Paços de Ferreira: Condenados à modernice

Paços de Ferreira: Condenados à modernice

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Fundado em 1950, o Futebol Clube Paços de Ferreira guarda no seu passado uma enorme expressão nos principais palcos do panorama nacional… e por algumas vezes até internacional. Mais recentemente viu os resultados a atravessar a história e condenar a equipa da Capital do Móvel à descida para a Segunda Liga.

Se a história determinasse o futuro, certamente, o clube histórico do Douro litoral não estaria no lugar que está hoje. Embora não esteja numa posição de crise profunda, é importante relembrar as suas 20 participações na Primeira Liga, a presença em finais e a chegada às três competições europeias, ainda neste século.

“Por Paços, esforço e vitória”

Mas será suficiente aos dias de hoje?

Em tempos, sim. A nível internacional, a temporada 2013/14 surge como exemplo e vai, certamente, ficar marcada para sempre na história pacense, pela chegada aos play-offs da Liga dos Campeões. Isto depois de terem atingido o 3.º lugar no campeonato, o melhor alguma vez registado, sob o comando de Paulo Fonseca.

O play-off da Liga dos Campeões 2013/14 foi frente ao Zenit, da Rússia

Mas não ficaram por aí. No mesmo ano, após não terem conseguido chegar à fase regular do mais alto patamar do futebol europeu, vivenciaram noites históricas na fase de grupos da Liga Europa, onde ficaram em 3.º lugar, e conseguiram empatar com a Fiorentina, em casa. Mais recentemente, um ano antes de terem descido à Segunda Liga também participaram na Liga Conferência 2021/22 e só foram eliminados no play-off pelo Tottenham, de Nuno Espírito Santo, mesmo depois de terem vencido 1-0 na primeira mão.

Os últimos grandes jogos europeus do Paços de Ferreira foram com o Tottenham, nos play-offs da Liga Conferência

Além disso, atingiram a final em todas as competições nacionais. A primeira foi no Jamor, em 2006/07, contra o FC Porto, na qual perderam por 1-0. Na época seguinte, desta vez na Supertaça, novamente com os dragões, acabaram por perder por 2-0. E, na Taça da Liga, o Paços chegou à final e encontrou o Benfica e, mais uma vez, perderam, por 2-1.

“Por Paços, esforço e…”

Mas será suficiente aos dias de hoje?

Hoje em dia, não. A condenação à modernice vem precisamente do novo modelo aplicado pelos clubes portugueses: o investimento estrangeiro. O esforço e, consequente, espera por resultados desportivos, tem sido insuficiente nestes últimos anos. E o Paços de Ferreira é a prova disso.

A última presença dos pacenses na Primeira Liga foi na temporada 2022/23 e, desde aí, permanecem na divisão abaixo, sendo que, na última temporada, estiveram muito perto de descer novamente, desta vez, à Liga 3. Os castores foram ao play-off, frente ao Belenenses, e só se ‘safaram’ da despromoção no prolongamento da segunda mão.

O Paços esteve perto da descida para a Liga 3 na última época

Se olharmos para a estratégia internacional e nacional entre quase todos os clubes portugueses, reparamos uma afluência a este modelo de capital estrangeiro. Se optarem pelo caminho tradicional criam um paradoxo entre resultados desportivos esperados pela massa adepta e o equilíbrio financeiro que os clubes necessitam de obter, que, no recente futebol moderno, não acompanha e nem beneficia o associativismo como principal fonte de receitas dos clubes.

Paços de Ferreira: Condenados à modernice

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