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Paulo Melo renasce para os golos em Camarate: “Fiquei sem trabalho e tive de deixar o futebol”

Paulo Melo renasce para os golos em Camarate: “Fiquei sem trabalho e tive de deixar o futebol”

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O jogador do Águias de Camarate, Paulo Melo, está a atravessar um grande momento na 3.ª Divisão da AF Lisboa. Depois de um arranque de época sem qualquer golo marcado nos primeiros cinco jogos, o avançado de 33 anos parece ter finalmente descoberto o segredo para os golos, tendo marcado seis golos nas últimas cinco partidas.

O Águias de Camarate é um dos sérios candidatos a ficar em lugar de apuramento para a fase de subida na Série 2 da 3.ª Divisão da AF Lisboa. Isto, então, num campeonato muito disputado e renhido, onde só o líder Catujalense se mantém invicto. A equipa vem de uma grande sequência de cinco triunfos consecutivos, à boleia do seu homem golo, Paulo Melo, que faturou em todos eles.

Paulo Melo leva seis golos nos últimos cinco jogos

A volta do goleador

Depois de um arranque irregular, Paulo Melo reencontrou o faro de golo vivendo, agora, a melhor fase da época. Em entrevista exclusiva ao Craques.pt, o número 10 explica que a grande mudança passou por “simplificar o jogo” e, pois, concentrar-se apenas no essencial: “Só tenho de fazer o que me compete”. Sublinha, também, que voltou a “atuar numa posição onde já não jogava há anos”, e sente que isso pode explicar também parte da evolução.

As conversas constantes dentro da equipa, onde procuram “soluções mais fáceis” e ajudam, assim, a corrigir erros, “sem discussões”, também têm contribuído para o rendimento coletivo e, naturalmente, para o seu crescente número de golos. A confiança trazida pelos golos é inegável, mas o avançado faz questão de destacar que nada disto surge sem “trabalho e foco”. A ambição de vencer está sempre presente e “se puder ajudar com golos, melhor ainda”, admite e estende-se ao resto da temporada.

Com o Águias de Camarate a três pontos dos lugares de apuramento de subida, o avançado acredita que o caminho passa por manter os pés assentes na terra e continuar a “trabalhar jogo a jogo”. Contudo, admite um desejo que tem para esta época: “Não escondo a vontade que tenho de subir de divisão, como já subi em outros anos com o Camarate”.

O Águias de Camarate está em quarto lugar, a três pontos da fase de apuramento de promoção

Regresso a casa

Paulo regressou ao fim de cinco épocas ao clube onde já tinha deixado a sua marca depois três épocas entre 2016/17 e 2018/19. O jogador afirma que “este foi o momento certo para voltar”, uma vez que olha para esta equipa como uma “família”, com muita “garra para vencer”.

Segundo o mesmo, a sua relação com o restante balneário “não podia ser melhor” neste retorno, e reforça, então, que “está a ser construída uma família muito bonita”. O ponta-de-lança partilhou-nos, ainda, a grande relação de amizade que mantém “dentro e fora de campo” com o treinador Luís Lopes, e que afirma durar “há mais de 20 anos”: “Só tenho a agradecer por me trazer de volta para fazer parte deste projeto”.

Paulo Melo já tinha jogado no Águias de Camarate entre 2016/17 e 2018/19

Este regresso fica também marcado por um motivo muito emotivo para o atleta, que frisou “a perda de um amigo, o ‘Mirco’”, que partiu este ano, e com quem havia jogado na primeira passagem pelo Águias de Camarate. “Foi um motivo que me deu ainda mais força para vir para cá”.

Pausa difícil

Nos últimos anos, Paulo Melo viveu um período especialmente difícil no futebol. Admite que “não conseguia ter um grande desempenho” como gostava, “especialmente no Damaiense”, onde cumpriu as últimas duas temporadas. Sentia que já não se conseguia “encaixar” na equipa, acumulando poucos minutos que o levavam a um “crescente desânimo”.

Na última época foi forçado a “deixar o futebol de lado”, devido a motivos profissionais, uma realidade muito presente nas divisões distritais. “Fiquei sem trabalho e tive de deixar o futebol durante um ano. Algo que me custou muito”, explicou o jogador, classificando ainda esta fase da sua vida como “muito dura”.

A última temporada foi “muito dura” por ter de deixar o “futebol de lado”

O seu regresso ao futebol esta temporada também não foi simples, mas sim “difícil, especialmente na pré-época”. Embora o novo emprego lhe permitisse conciliar melhor a vida profissional com o futebol, a sua disponibilidade para com o clube nunca poderia ser a 100%, o que dificultava a sua afirmação: “Não conseguia ir treinar sempre e por isso não jogava tanto”.

Mesmo com todas estas adversidades nunca deixou de lutar por um espaço no onze. “Com o passar do tempo consegui adaptar-me melhor a esta rotina. Começava como suplente e ia entrando ao poucos, sempre com o pensamento em melhorar, até ganhar a minha titularidade”.

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