
Ricardo Aires: “Entrámos na história do Charneca”
O que é que representa para os juniores jogar os Nacionais?
Há duas épocas lutámos por isto até à última jornada. Ou subia o Seixal ou nós. Já aí tínhamos estado próximos. No final dessa época, fui convidado para assumir os seniores e aceitei. Mas, por várias razões, não correu bem. Voltei, então, para os juniores, à 8ª jornada da época passada. Quando entrámos, estávamos em antepenúltimo e ainda acabámos no 3º lugar. Continuei com o projeto e, claramente, esta época era a que víamos como a possível para subir. Foi tudo muito bem pensado. Modéstia à parte e com toda a humildade possível, foi o campeonato mais competitivo dos últimos anos. Com várias equipas que tinham descido. O objetivo interno sempre foi andarmos lá em cima e conseguimos.
(…)
Relativamente à questão propriamente dita, e sabemos que o Charneca não tem campo, só faz sentido sustentar o clube no campeonato nacional. Porque o normal aqui é as equipas que sobem, descem na época seguinte. Foi o que aconteceu ao Seixal, ao Alcochetense… o Comércio está na luta… Mas o Charneca sabe que não pode jogar no seu campo, terá de procurar um campo que tenha as medidas aceites por lei.

Vai liderar o projeto na próxima época?
Não. Aproveito para adiantar que fui outra vez convidado para assumir a equipa de seniores e aceitei, pelo que não serei eu a comandar os juniores do Charneca na 2ª Divisão Nacional. Vou estar muito perto, já me propuseram para ajudar na escolha do plantel e acho interessante. O Charneca está a mudar a política. Quer apostar muito mais na formação e creio que só assim é que faz sentido. Aliás, uma das condições que pus em cima da mesa foi levar juniores comigo para a equipa sénior e vou levar sete elementos. O clube está a pensar numa roupagem nova. Ficando com alguns experientes, mas indo à procura de jovens com ambição.
E o Charneca terá capacidade para segurar os seus melhores juniores?
Muito sinceramente, penso que sim. Ao dia que fazemos a entrevista [14 de maio], fizemos ontem o último jogo e perguntei a alguns miúdos se já tinham tido abordagens. Eles quiseram saber se era eu que ia ficar e disse-lhes que não mas vão ficar bem entregues também. Estou em crer que um ou outro vai ter alguma abordagem de algum clube maior. Só resta ao Charneca, visto ser o segundo ano de juniores deles, apresentar um projeto sustentado com condições para lhes mostrar que, quem não conseguir dar o salto para o futebol sénior profissional, tem espaço para se desenvolver ali no clube.
O Charneca está a mudar a política. Quer apostar muito mais na formação e creio que só assim é que faz sentido.
Jogar os Nacionais em 2025/26 implicará defrontar que equipas?
Estamos a falar de uma 2ª Divisão Nacional. Pelo que o Charneca irá encontrar clubes como o Louletano, o Quarteirense, equipas do Alentejo, ou daqui da zona como o Barreirense, Amora, Comércio & Indústria. Este ano esteve o Beja, para o ano estará o Casa Pia, que desceu da 1ª, ou o Atlético, que subiu tal como nós. Vai ser um desafio gigante, mas bom. Permite-me um desabafo: não subimos em 2022/23 com uma geração fantástica.
Dessa geração, foi uma pena não termos aproveitado ninguém para os seniores. E foi nisso que o clube mudou este ano, e que me levou a aceitar o convite para assumir o desafio dos seniores. Porque se não fosse assim, e eu disse isso aos responsáveis do clube, eu seguiria [nos juniores] para o campeonato nacional. Mas como sou ambicioso e o Charneca também o mostrou ser, entendo que a equipa de seniores com esta filosofia é o melhor desafio para mim neste momento.

No decorrer da época, em que momento é que te pareceu que a equipa ia mesmo chegar ao título?
Uma boa questão, essa. Nós começámos logo a época com uma goleada aos Pelezinhos, por 7-0. Ficou tudo eufórico. Depois, tivemos um empate, seguido de umas vitórias e estivemos sempre ‘colados’ ao topo. Mas a viragem foi quando nós já estávamos em 1º lugar, mas não estávamos seguros. Mesmo eu sentia que tudo podia acontecer. Fomos perder ao Seixal [1-0, na 16ª jornada], o Montijo ganha e ficamos com um ponto de avanço. A partir daí, não perdemos mais nenhum jogo até ao fim e foi aí que sentimos que, ganhando em casa o jogo seguinte, que já não me lembro contra quem foi [Moitense, vitória por 3-0], já ninguém nos parava. Ganhámos em casa e embalámos. Fizemos uma coisa incrível, só perdemos 2 pontos em casa em toda a época [empate com o Montijo, a sofrer o 2-2 final aos 90’+5].
Mas já há duas épocas, o registo tinha números incríveis…
Sim, na altura fomos a equipa com menos derrotas [tal como agora] e com menos golos sofridos e não subimos de divisão. Na época passada, perdemos só um jogo. E esta época só perdemos só dois jogos e somos a equipa com a melhor defesa [24 golos sofridos]. Mas a viragem esta época foi depois do Seixal. Lá perdemos bem, fizemos um jogo nada conseguido e a partir daí, os miúdos foram fantásticos. Compraram a ideia, como se costuma dizer. Entrámos na história do Charneca!
O Charneca está em 7º lugar perto do fim da época e vai jogar a final da Taça AFS. Pode ser histórico. O que se pode esperar do CCFC com Aires em 2025/26?
Desde já, dizer-te que a época dos seniores do Charneca tem sido positiva. Mais um objetivo alcançado, que o clube persegue há muito tempo, que é a final da Taça, mas, desta vez, creio que estão reunidas as condições para a ganhar. Na minha última época, em que fomos à 1ª final do clube, também eliminámos Montijo e Alcochete. Apanhámos o Amora na final, que acabou por fazer a dobradinha. Fizemos a melhor classificação de sempre, mas espero que o Charneca possa ganhar a Taça AF Setúbal. Quanto à próxima época, quero, então, corresponder à política que o clube quer, agora implementar. Apostar mais na formação e formar um plantel super-competitivo e ambicioso para a nossa realidade.
No final da entrevista, Ricardo Aires distribuiu elogios. “Um agradecimento ao Charneca de Caparica Futebol Clube, e seus responsáveis, bem como aos meus atletas e staff dos juniores por esta época magnífica”, finalizou.

O dérbi entre SC Fermentelos e RD Águeda teve todos os ingredientes de um verdadeiro clássico: emoção, polémica e intensidade do primeiro ao último minuto. Dentro e fora de campo, viveu-se um ambiente fervoroso, marcado por expulsões, protestos e muita rivalidade. No final, o empate a duas bolas não deixou ninguém satisfeito, nem o Fermentelos, [...]

O CD Venda do Pinheiro é uma das sensações da 3.ª Divisão da AF Lisboa, com seis vitórias e apenas um empate neste início de temporada. O clube está atualmente no terceiro lugar da Série 1, e tem como grande destaque o avançado Rodrigo Pinto, que leva já 10 golos em sete jogos esta época. [...]

O jogador espanhol do Oliveira do Hospital, Pol Perpiñan, está a dar nas vistas na Zona Norte da II Divisão de hóquei-em-patins, com dez golos em apenas quatro jogos, igualando o número de golos marcados na época passada. Pol Perpiñan, de 22 anos, tem-se destacado na Zona Norte da II Divisão onde é já o [...]

Al Rams recebe Al Ittihad de João Mota numa partida que cruza trajetórias globais e experiências únicas. Nesta sexta-feira, 31 de outubro, pelas 17 horas locais (13h em Portugal), o Al Rams recebe o Al Ittihad SC, num encontro da UAE Second Division que junta dois treinadores portugueses com carreiras internacionais impressionantes: Paulo Jorge Silva [...]

Subscreve para receber as últimas novidades, entrevistas exclusivas, análises de jogos e muito mais.

Subscreve para receber as últimas novidades, entrevistas exclusivas, análises de jogos e muito mais.
Cuidamos dos teus dados conforme a nossa política de privacidade.
Subscreve para receber as últimas novidades, entrevistas exclusivas, análises de jogos e muito mais.
Cuidamos dos teus dados conforme a nossa política de privacidade.
Subscreva a nossa newsletter e receba em primeira mão as nossas notícias
Ao subscrever, aceita nossa política de privacidade.Subscreva a nossa newsletter e receba em primeira mão as nossas notícias
Ao subscrever estará a concordar com nossa política de privacidade.