Samuel exibe o troféu de campeão da AF Coimbra, rodeado dos pais, José e Maria, e da esposa Ana
Aos 36 anos, Samuel Garrido já tem uma carreira recheada de golos e histórias para contar no futebol distrital. Natural de Coimbra, o extremo/avançado, que assinou esta época pelo Vigor da Mocidade, já vestiu a camisola de 10 clubes da Associação de Futebol de Coimbra, incluindo a Académica e o União de Coimbra ainda nas camadas de formação. Mas, além disso, Samuel também representou Recreio de Águeda, Anadia e o Pampilhosa, da AF Aveiro, clubes onde deixou também a sua marca. O Craques falou com este autêntico craque das distritais e dá-lhe a conhecer histórias hilariantes. Samuel Garrido – o globetrotter da distrital de Coimbra.
Em 15 anos, Samuel Garrido mudou 16 vezes de clube. Este verdadeiro ‘trota-clubes’ chegou mesmo a regressar a alguns por onde já tinha passado. E a razão de tanta mudança tem uma justificação. “Tem a ver com a minha vontade de jogar. O meu objetivo foi sempre tentar chegar aos campeonatos profissionais e, para isso acontecer, tinha de jogar com assiduidade. Pelo que optei sempre por me mudar para onde contavam realmente comigo”, conta o globetrotter de Coimbra ao Craques.
Em 2010, então a jogar futsal na 2ª Divisão Nacional, Samuel foi fazer testes a Londres, numa academia da Nike com ligação ao Arsenal. Não ficou, mas a experiência trouxe-lhe outra maturidade. Foi, então, que optou por voltar ao futebol de 11 e ingressou no Nogueirense, depois de ter passado pela Académica e União 1919 na fase mais adiantada da formação.
Com passagens por Nogueirense, Pampilhosense, Sourense, Penelense, Pampilhosa, Anadia, Oliveira do Hospital, Recreio Águeda, Ançã e, agora, Vigor da Mocidade, histórias de balneário não lhe faltam.
Desde logo com um dos treinadores que mais o marcaram: Fernando Niza, no Pampilhosa. “Joguei lá cinco épocas e meia. Ele dizia que eu andava a gasóleo e tinha de mudar para gasolina”, conta, sobre um treinador… peculiar. “Na primeira época, nós éramos conhecidos como os guerreiros. Um dia, antes do jogo, ele entra no balneário para dar a palestra com dois riscos tribais na cara, feitos com creme nívea [risos]. E diz: ‘Somos os guerreiros e vamos ganhar’. E sai do balneário. Ficámos todos a olhar uns para os outros sem saber o que dizer…”
Considerando os grupos do Nogueirense em 2017/18 e do Pampilhosa em 2022/23 como “os melhores” em que esteve inserido, Samuel lembra ainda os telefonemas do presidente do Pampilhosa às onze da noite. “Muitas vezes já estava deitado para dormir e o presidente Guilherme Duarte ligava-me para desabafar sobre este ou aquele elemento da equipa. Ele dizia que me adorava fora do futebol. Mas depois quando algo corria mal, descarregava em mim e dizia que eu não sujava os calções e tinha era de comer a relva…”
Nestes 15 anos de aventuras, Samuel Garrido sagrou-se, então, campeão da Divisão de Honra da AF Coimbra por uma vez. Precisamente na época passada, ao serviço do Penelense. Já no Sourense, conquistou a 3ª Divisão Nacional em 2012/13, época em que também venceu a Supertaça da AF Coimbra pelo Penelense.
Mais tarde, na sua segunda passagem pelo Nogueirense, em 2017/18, conheceu… Miguel Valença, guardião dessa equipa que viria a ser seu treinador dois anos depois no Oliveira do Hospital. E que ficou conhecido como… “o treinador do chouriço”. “No Oliveira do Hospital, quando vínhamos jogar a Lisboa [Campeonato de Portugal], ficávamos alojados no Parque de Campismo de Monsanto. Havia lá uns bungalows onde nos instalávamos. Num desses jogos, foi lá o Canal 11, que estava a arrancar, e acabou por filmar a equipa a assar uns chouriços e a beber cerveja. E, durante algum tempo, chamavam ao mister Miguel o treinador do chouriço…”, conta.
Sobre as diferenças que encontrou entre jogar na AF Coimbra ou na AF Aveiro e depois no Campeonato de Portugal, é bem claro. “Não há assim muitas diferenças entre a AF Aveiro e o Campeonato de Portugal. Já na AF Coimbra, há algumas. A nível técnico, de jogadores, nem tanto. Mas na organização e preparação dos jogos, sim. Não há tanto vídeo, tanta análise ao adversário, tanto estudo ao pormenor”, explica.
O globetrotter de Coimbra começou cheio de vigor no novo clube. Leva 2 golos em 3 jogos e promete não ficar por aqui. Somando todos os clubes que representou enquanto sénior, Samuel Garrido tem 92 golos oficiais marcados e “chegar aos 100 golos na carreira é um objetivo”, como confessa ao Craques.
Mas há mais em mente. “Quero fazer uma boa época e inteira no Vigor porque na época passada mudei de clube a meio. E gostava muito de conquistar um troféu pelo Vigor da Mocidade”, diz. Até porque já havia representado este clube nos Sub-17, na época 2004/05. Mais de vinte anos depois, a história repetiu-se.
Já sobre o futuro da carreira, considera ser ainda demasiado cedo para pensar em pendurar as botas. “Ainda não planeei nada sobre isso. A verdade é que ainda não me sinto preparado para fazer esse desmame e sinto-me muito motivado para esta época no Vigor”, confessa.
OS 92 GOLOS DE SAMUEL GARRIDO
Penelense – 27 golos (4 em nacionais)
Nogueirense – 23 golos (nacionais)
Pampilhosa – 20 golos (3 em nacionais)
Pampilhosense – 10 golos
Oliveira Hospital – 6 golos (nacionais)
Águeda – 3 golos
Ançã – 1 golo
Vigor – 2 golos
Samuel Garrido trabalha há dois anos na Carlos Nunes & Irmãos, empresa especialista em equipamentos de frio. Para já, e aos 36 anos, estabeleceu, então, dois objetivos. “A nível profissional, quero e vou tirar o curso de treinador de futebol. O bichinho está cá e já me começa a despertar a atenção para os exercícios de treino. Não consigo estar desligado do futebol e os anos que levo disto também têm de servir para me lançar nessa função. E não queria começar a treinar muito tarde”, confessa.
Já a nível pessoal, e depois de se ter casado, então, com a namorada Ana, “ter filhos é um objetivo para breve”. Até porque eles vão, certamente, adorar conhecer a longa carreira do pai. Samuel Garrido – o globetrotter da distrital de Coimbra.
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