Logo
Desportos
Rubricas

REDES SOCIAIS

Thomas Militão: uma carreira dedicada ao Caldas

Thomas Militão: uma carreira dedicada ao Caldas

CraquesCraques|

O mítico capitão do Caldas, despediu-se dos relvados na última jornada da Liga 3, diante dos seus adeptos no Campo da Mata. Ao longo dos 24 anos, Militão esteve, então, presente em vários momentos do único clube onde jogou. Especialmente na “épica” meia-final da Taça de Portugal, em 2017/18.

Thomas Militão pendurou as chuteiras ao fim de 24 anos de serviço no Caldas, clube onde começou nos sub-11 e do qual só se despede aos 33 anos. O último adeus do capitão deu-se, então, nos minutos finais do jogo frente à Académica, quando foi substituído e admitiu, em conversa com o Craques.pt que o que lhe “passou pela cabeça” foi um “flash” do que viveu “desde o primeiro ano, até agora”. Na memória ficam guardados vários momentos marcantes mas o maior terá sido a fantástica campanha na Taça de Portugal de 2017/18, em que o Caldas alcançou as meias-finais e só caiu aos pés do Desportivo das Aves, que viria a ganhar a prova rainha. Thomas Militão: uma carreira dedicada ao Caldas.

A emotiva última substituição

Foi aos 84 minutos da receção do Caldas à Académica que se deu o momento mais falado da partida jogada no dia 25 de abril. Thomas Militão foi substituído e recebeu um monumental coro de aplausos, dentro e fora das quatro linhas do Campo da Mata.

Thomas Militão foi abraçado por companheiros e adversários na saída de campo. Foto: Carlos Barroso

A descrição do capitão diz tudo sobre o sentimento vivido naqueles instantes. “O que me passou pela cabeça foi um ‘flash’ de todos os momentos que vivi desde o meu primeiro ano, até agora. Foi um ‘flash’ de 24 anos. Vieram muitas memórias, muitas coisas à cabeça. É sempre duro, um momento difícil, com muita emoção. Mas ver 3000 pessoas a aplaudirem-me de pé fez a emoção e a frustração passarem para segundo plano. Vem ao de cimo o orgulho e a felicidade enorme por estar a viver um momento daqueles, pelo reconhecimento que tive”, confessou Militão.

Uma decisão silenciosa

Thomas Militão admitiu que a decisão já estava “ponderada” desde o “fim da última época”, mas o que o manteve no ativo foi a vontade de “ajudar a nova direção do Caldas”. Mesmo assim, depois de ter começado mais uma temporada, decidiu “em dezembro” que não passava de 2024/25.

“Foi uma surpresa para os adeptos, porque não sabiam. Só a família, amigos próximos e pessoas do clube é que sabiam. Muitos não queriam acreditar”, revelou.

“Ninguém passa na Mata”

Muitas são, então, as memórias sobre a mítica campanha do Caldas na Taça de Portugal de 2017/18, que terminou a um pequeno passo da final do Jamor. O cântico ‘Ninguém passa na Mata’ foi o mote daquela temporada “épica”. O defesa-central admitiu que teve a “felicidade” de estar num plantel que se conhecia “muito bem”. “Na altura disse que não poderia ter escolhido melhores colegas para ter vivido aqueles momentos, mas é verdade. Era um grupo de trabalho perfeito”, reconhece.

Ainda em modo de reflexão sobre a chegada às meia-final da Taça de Portugal, jogada frente ao CD Aves, o defesa nascido em França revelou aquele que terá sido, então, o segredo do sucesso. “Todos, naquele plantel, mereciam passar por aquilo na sua carreira por tudo o que passaram. O ‘truque’ estava na nossa amizade”, conta.

24 anos não são 24 dias

O capitão da equipa que está na fase de permanência da Liga 3 revelou que a longa carreira no Caldas se deveu a si e às “pessoas do clube” que sempre foram “muito queridas”. A massa adepta caldense foi algo que pesou muito nas decisões, mesmo quando lhe chegaram a apresentar propostas “financeiramente mais vantajosas” vindas de “projetos mais ambiciosos”.

“O amor pelo clube sobressaiu. Fiquei no Caldas pelas pessoas, mas acima de tudo pelo clube”, admitiu.

Thomas Militão ainda chegou a pensar no que poderia ter alcançado se tivesse aceite algum dessas propostas mais ambiciosas. Mas não se arrepende da decisão que sempre tomou. “Se tivesse saído, se calhar teria atingido outros patamares do futebol, mas talvez não tivesse esta história e tanto reconhecimento, como tenho. Não teria uma despedida como tive. É marcante e vai ficar para sempre. É algo que me orgulha muito”, explica.

Coração no Caldas e a cabeça na… jardinagem

A decisão por detrás do ‘pendurar das botas’ está, então, na “falta de tempo” que o futebol provoca. Thomas adiantou que não vai ter um cargo no clube, porque “não fazia sentido ocupar mais tempo do que quando jogava”. “É o meu clube, mas agora vou focar-me na minha vida pessoal e profissional. Na área da jardinagem”, salienta.

Mesmo estando por fora, o capitão afirmou que vai estar sempre ligado ao clube: “É uma ligação vitalícia. Não dá para deixar de ser e nem para ser um simples adepto”, remata.

Notícias e Entrevistas

Subscreve para receber as últimas novidades, entrevistas exclusivas, análises de jogos e muito mais.

Cuidamos dos teus dados conforme a nossa política de privacidade.

logo

NEWSLETTER

Subscreva a nossa newsletter e receba em primeira mão as nossas notícias

Ao subscrever estará a concordar com nossa política de privacidade.

REDES SOCIAIS

Copyright © 2025 CRAQUES.PT
Todos os direitos reservados