Os três maiores clubes portugueses fecharam o mercado de verão a investir, no total, 268 milhões de euros! Uma ‘barbaridade’ nunca antes vista, e que contraria a ideia de que somos uma liga exportadora. Provavelmente, já fomos, mas a tendência tem vindo a inverter-se e, desta vez, a marca que fica de 2025/26 é a de uma capacidade importadora que acabou por surpreender.
É verdade que há razões – e todas elas muito diferentes – para Sporting, Benfica e FC Porto terem adotado políticas tão agressivas no ataque ao mercado – mais até pelos valores investidos do que propriamente pelo número de reforços que chegaram.
Vamos por partes.
O Sporting, bicampeão nacional, era aquele que aparentava estar em melhores condições para atacar reforços de peso. Em primeiro lugar, porque tinha uma situação (muito) mais folgada do que os rivais do ponto de vista das suas finanças. E em segundo, mas não menos importante, porque a venda de Gyökeres iria trazer muito dinheiro aos cofres e, ao mesmo tempo, a necessidade de comprar para compensar a saída do seu jogador mais valioso.
Os leões gastaram 83,5 milhões de euros (sem objetivos incluídos), mas mais de metade desse montante foi destinado para dois pontas-de-lança: Luis Suárez (22,1) e Ioannidis (22). Ou seja, dois investimentos ‘pesados’ (44 milhões, no conjunto) para tentar atenuar o que se perdeu com a saída de Viktor para o Arsenal (por 65,7).
Conclusão: no caso do Sporting, o principal motivo do ataque desenfreado ao mercado foi… a venda do seu principal ativo.
O Benfica, vice-campeão nacional, foi ainda mais longe: 103,5 milhões de euros (também sem objetivos incluídos), com três das suas compras para a nova temporada a custarem 20 ou mais milhões de euros: Lukebakio (20), Ivanovic (22,8) e Rios (27). E há ainda a destacar o empréstimo do ucraniano Sudakov por 6,7 milhões, mas com cláusula obrigatória de compra (no final da época) por… 20,2 milhões (mais 5 por objetivos). Ou seja, Sudakov, o novo número 10 do Benfica, pode vir a tornar-se a compra mais cara da história dos encarnados – acima dos 30 milhões.
Isto é, se contabilizarmos desde já a compra obrigatória de Sudakov, o Benfica, na prática, adquiriu quatro (!) jogadores que custaram, cada um deles, 20 ou mais milhões de euros. E tudo isto sem contabilizar os objetivos incluídos, as percentagens do passe que ficaram na origem e, ainda, a mais-valia a ‘devolver’ em futuras vendas.
O caso de Lukebakio, independentemente do valor do atleta, merece ser destacado pelo risco associado ao fator idade: o belga cumpre 28 anos já em setembro e, ainda assim, Rui Costa aceitou pagar 20 milhões de euros mais 4 em objetivos!
Conclusão: no caso do Benfica, não há como fugir ao verdadeiro ‘all in’ (mais um…) feito, desta vez, a pensar na urgência de ter resultados imediatos… e nas eleições de 25 de outubro.
Por fim, o FC Porto. No caso dos dragões, o pré-aviso da ‘febre consumidora’ já tinha sido feito, e com boa antecedência, pelo presidente. André Villas-Boas tinha anunciado, no início do verão, que o FC Porto iria fazer o mercado mais caro de sempre. E cumpriu mesmo a promessa: 81 milhões de euros, sem contar, também, com o valor a pagar pelo (eventual) cumprimento de objetivos de alguns jogadores contratados – não esquecendo a mais do que provável compra definitiva de Kiwior no final da época por 17 milhões, a juntar aos 2 agora pagos ao Arsenal.
O FC Porto tem a seu favor, no entanto, o facto de ter feito aquela que pode muito bem vir a ser ‘a compra do ano’: Froholdt. O dinamarquês, de 19 anos, custou 20 milhões de euros, é verdade, mas pelo que já se percebeu… está ali ouro puro. Uma margem de crescimento e um potencial de valorização absurdos. E, já agora, é interessante destacar que Froholdt foi um jogador descoberto, sinalizado e recomendado por… Martín Anselmi!
Conclusão: no caso do FC Porto, a forte investida ao mercado deveu-se a pura necessidade. O plantel 2024/25 revelara-se manifestamente insuficiente para poder lutar com os rivais de Lisboa. André Villas-Boas e a sua equipa de gestão conseguiram encontrar, em pouco tempo, condições financeiras para a SAD poder ir ao mercado desta forma.
É preciso, para finalizar, responder à pergunta do título: “Quem fez o melhor mercado?” A resposta é clara: o FC Porto. Porque fez a tal ‘compra do ano’ (Froholdt), mas também trazer a experiência e maturidade que faltavam (com as aquisições de Bednarek, Kiwior e Luuk de Jong), um jogador mais vertical para o corredor esquerdo (Borja Sainz), o futuro lateral-direito da Seleção Nacional (Alberto Costa), uma alternativa real a Varela (Pablo Rosario) e, ainda, aquele que tem tudo para ser um dos melhores jogadores da Liga 2025/26: Gabri Veiga.
É caso para dizer que a necessidade, de facto, aguçou o engenho.
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