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João Carlos Teixeira – um talento precoce que é um ‘negócio da China’

João Carlos Teixeira – um talento precoce que é um ‘negócio da China’

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João Carlos Teixeira, nascido a 18 de janeiro de 1993 no distrito de Braga, é um exemplo clássico de um jogador cuja carreira foi carregada de grandes expetativas. Dos primeiros passos na formação de Alcochete ao brilho na cidade berço, passando por Anfield, o seu trajeto ficou marcado por uma constante sensação de potencial não realizado. A transição para a Liga Chinesa, em 2023, deu-lhe outro fulgor.

A carreira de João Carlos Teixeira começou a ganhar destaque na Academia do Sporting Clube de Portugal, em Alcochete. Foi, então, um dos talentos mais prestigiados do futebol português, na sua geração. O salto para a Premier League veio bastante cedo. João Carlos foi adquirido pelo Liverpool, em 2012, na altura ainda para integrar os escalões jovens da formação de Anfield. Então sob o comando de Brendan Rodgers, a equipa red vivia uma fase de transição e o técnico norte-irlandês chamava, de forma recorrente, alguns jovens da formação à equipa principal. Chegou a estrear-se pelo Liverpool mas, após alguns empréstimos, deu-se o regresso a Portugal. Até que, em 2023, rumou ao Qatar, antes de encontrar aquele que é, provavelmente, o local onde tem mostrado a sua melhor versão. João Carlos Teixeira – um talento precoce que é um ‘negócio da China’. Tanto para o craque como para o Shanghai Shenhua.

Um brilhozinho em Guimarães

Apesar de mostrar um futebol técnico e criativo, João Carlos Teixeira nunca encontrou regularidade e consistência. Após a sua passagem pelo Liverpool, o médio criativo voltou, então, ao futebol português, assinando com o Futebol Clube do Porto. Ao serviço dos dragões, João disputou apenas dez jogos, mas acabou cedido, mais tarde, ao SC Braga. Posteriormente, foi mesmo transferido para o rival minhoto, Vitória SC.

A passagem pelo Vitória SC ainda mostrou um João Carlos de bom nível

Mesmo nessas equipas, onde teoricamente teria mais espaço para se afirmar, a sua carreira não engrenou da forma como muitos esperavam. Lesões, falta de confiança e o peso das expetativas fizeram, então, com que João Carlos Teixeira ficasse aquém do que prometia. Na melhor temporada da sua carreira, 2019/20, o médio onde faturou 10 golos e três assistências em 30 jogos pelo Vitória SC.

Não convenceu em Guimarães e rumou, então, ao Feyenoord, onde ajudou o clube a obter um insuficiente 5º lugar. Voltaria ainda a Portugal em 2021/22, para representar o Famalicão, mas essa época provou, mais uma vez, que para ter sucesso, João Carlos Teixeira teria de experimentar outro tipo de futebol. No final da época, o médio aceitou, então, rumar à liga do Qatar, para representar o Umm-Salal.

Uma oportunidade para ser feliz

Os 11 jogos e 1 golo pelo Umm-Salal foram suficientes para atrair o interesse dos chineses do Shanghai Shenhua, um dos clubes mais fortes da China e que já tinha, então, na sua estrutura o português Leonel Pontes como diretor-técnico. Que trabalhara, então, na Academia do Sporting, enquanto João Carlos Teixeira crescia nos relvados de Alcochete.

João Carlos Teixeira assinou pelos chineses do Shanghai Shenhua em 2023

E, para o Shanghai Senhua, o experiente médio criativo tornou-se, então, como se costuma dizer, um “negócio da China”. Em 2023, Teixeira chegou a meio da época, vindo do Qatar, mas ainda fez 19 jogos e um golo. Mas em 2024, assumiu-se como peça crucial da equipa do russo Leonid Slutsky, contribuindo com 8 golos em 31 jogos. Nesse ano, foram, então, vice-campeões chineses, com menos um ponto do que o campeão, Shanghai Port.

Já em 2025, o Shanghai Shenhua está novamente a discutir o título, mas agora diretamente com o Beijing Guoan. Aliás, ainda ontem a equipa de João Carlos Teixeira (titular) venceu em casa do Beijing Guoan, por 3-1, passando a liderar a Liga Chinesa, com 41 pontos, mais 3 do que a equipa de Pequim, quando estão, então, decorridas 17 jornadas da competição.

Hoje, aos 32 anos, João Carlos Teixeira encontrou um clube onde tem a oportunidade de voltar a ser feliz. Ainda que o seu talento e qualidade prometessem, então, uma carreira feita ao mais alto nível nos melhores clubes da Europa, o futebol está sempre a mostrar-nos que há diversos locais onde podemos ser felizes. Mesmo que seja naqueles onde nunca pensámos vir a estar. João Carlos Teixeira – um talento precoce que é um ‘negócio da China’.

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