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Tiago Ilori: a velocidade que nunca chegou a render

Tiago Ilori: a velocidade que nunca chegou a render

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Formado em Alcochete, Tiago Ilori foi durante anos apontado como uma das grandes esperanças do futebol português. Combinava velocidade e qualidade técnica invulgares para um defesa-central. Porém, entre transferências precoces, lesões inoportunas e uma irregularidade que nunca conseguiu dissipar, o seu percurso acabou por não ser o esperado.

Muito antes de chegar à equipa principal, já se falava, em Alcochete, de um jovem central diferente, com muita qualidade técnica. Após a sua estreia surgiu o burburinho. Era aquele o defesa da formação, que havia superado os recordes de velocidade em Alcochete, de nomes como Yannick Djaló, Nani e até de um certo Cristiano Ronaldo?

Sim, era ele. Mas o que se esperava deste jogador tão falado nos corredores de Alcochete acabou por não se confirmar em campo durante a sua carreira. Os motivos, no fundo, ninguém sabe, mas a qualidade estava lá. Foi por essa tamanha qualidade, que um clube da dimensão do Liverpool o veio buscar, numa transferência, que acabou por se revelar precoce.

Tiago Ilori estreou-se na equipa principal do Sporting com 18 anos, em 2011/12

Transferência precoce para Inglaterra

No verão de 2013, Tiago Ilori deu o salto para a Premier League, para jogar no Liverpool, que na altura pagou cerca de 7,5 milhões de euros ao Sporting. Em Anfield, o jogador não teve qualquer oportunidade no plantel principal, e, em janeiro, acabou por ser emprestado ao Granada, de Espanha.

Na La Liga encontrou algum espaço para jogar, somando nove partidas na segunda metade da época, todas como titular, cumprindo sempre os 90 minutos. Contudo as prestações do defesa português não foram suficientes nem para convencer os responsáveis do Granada, nem o Liverpool, que mais uma vez não quis contar com o jovem português.

Tiago Ilori custou cerca de 7,5 milhões de euros ao Liverpool, em 2013/14

Seguiram-se os empréstimos, sem grande sucesso, ao Bordeaux, de França, e ao Aston Villa, de Inglaterra, antes de assinar em definitivo pelo Reading, em janeiro de 2017. A adaptação revelou-se, novamente, muito difícil, passando grande parte da sua primeira temporada afastado da equipa principal, relegado para os escalões de formação. A situação viria a mudar de figura na época seguinte, quando conseguiu, finalmente, a consistência à muito procurada, e que lhe valeu um regresso a Portugal.

Regresso a casa

Em 2019 regressou à “casa mãe”, o Sporting, pela mão do, já na altura, Presidente Frederico Varandas. O regresso, inicialmente, envolto em expectativa e esperança, depressa se transformou em motivo de contestação. As exibições apagadas do defesa não convenceram os adeptos leoninos, que cedo manifestaram descontentamento. O que parecia um regresso feliz e no momento certo acabou por se revelar mais uma desilusão. Na segunda metade da época 2018/19, aquando da sua chegada, somou dez jogos, e na temporada seguinte o número não foi muito além disso, fixando-se em 14 partidas.

O regresso a Alvalade também não foi feliz

Sem grandes perspetivas de evolução em Alvalade seguiu-se novo empréstimo, o quarto da carreira, desta vez ao Lorient, de França. Porém, a segunda passagem por França não podia ter sido mais frustrante, já que não somou um único minuto.

Mais dois empréstimos antes da rescisão

A saga de empréstimos parecia não ter fim, e o jogador tentava, outra vez, um novo desafio na Primeira Liga. Primeiro ao serviço do Boavista, e mais tarde pela porta do Paços de Ferreira. Ambas as experiências não correram como de esperado, totalizando apenas 16 jogos disputados em duas épocas.

Teve ainda uma curta passagem pelo Belenenses, depois de rescindir com o Sporting, em 2023. Atualmente joga na primeira divisão da Geórgia, desde março deste ano, e onde procura o seu tão desejado espaço de afirmação.

Atualmente, Tiago Ilori, joga na Geórgia, no FC Dila

A história de Tiago Ilori é o retrato de um talento que parecia destinado ao topo, mas que nunca conseguiu cumprir as expectativas criadas em seu redor. O central português tornou-se símbolo de como o rótulo de promessa pode ser tão pesado quanto enganador. Hoje, mais longe dos grandes palcos, resta-lhe a missão de encontrar finalmente o espaço que tantas vezes lhe escapou.

Tiago Ilori: a velocidade que nunca chegou a render

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