AJ Auxerre - um campeão mais do que improvável
Numa perspetiva cada vez mais acelerada pela espera de resultados desportivos constantes vê-se, muitas vezes, treinadores a ser despedidos pelos clubes com muito pouco tempo de trabalho. O AJ Auxerre e Guy Roux provaram que o modelo impaciente, vivido na atualidade e naquela altura em França, era prejudicial e com isso, o clube tornou-se, então, campeão francês. Vinte anos depois do adeus de Roux, recordamos o histórico técnico que catapultou o Auxerre para a ribalta do futebol gaulês. AJ Auxerre – um campeão mais do que improvável.
É caso para dizer que a paciência foi muito mais do que uma virtude. Sem grandes expetativas em torno do clube, depois de já o ter representado enquanto jogador, uns anos antes, Guy Roux assumiu o cargo de treinador-jogador em 1964. Depois disso, passou apenas a comandar a equipa fora do campo e desde aí, ficou por 44 anos.
Os anos seguintes foram marcados por um estilo forte de liderança e uma dedicação única. Roux começou a sua caminhada na quarta divisão francesa com um plano. Disciplina, longevidade e aposta contínua nos escalões de formação do clube, o que mais tarde viria a dar frutos.
Os resultados foram, então, rapidamente visíveis. No início dos anos 70 do século passado, o Auxerre já disputava, então, a segunda divisão francesa. Com temporadas de grande sucesso desportivo, o plano de Roux fazia-se sentir, e a estrutura do clube tinha a certeza de que tinha ‘depositado as fichas’ no homem certo.
Finalmente, passado quase duas décadas, os meninos de Guy Roux atingiram o auge do futebol francês, com a promoção à Primeira Liga francesa. E alcançavam, desta forma, um feito inédito, para um modesto clube da cidade de Auxerre. Mas não se pense que ficaram por aí. O melhor ainda estava por vir.
Se o objetivo passava por um futuro planeado, Roux e as centenas de jogadores que treinou cumpriram-no com sucesso. Depois de muitos anos e sempre com o mesmo homem ao leme, em 1995/1996, o AJ Auxerre conquistou, então, uma inédita dobradinha: Liga Francesa e Taça de França.
Além disso, venceu por mais três vezes a Taça de França e uma prova europeia: a Taça Intertoto. Mas mais importante do que isso, o Auxerre consolidava-se, então, como um pequeno clube entre os maiores de França. E escrevia, então, uma das páginas mais bonitas do futebol gaulês.
Para lá do sucesso desportivo, ficaram várias histórias por contar. Eric Cantona, excêntrico e histórico médio do Manchester United, foi um dos pupilos de Guy Roux no início de carreira, admitindo mais tarde que o técnico o marcou, mesmo enquanto figura paternal, ajudando-o a dar os primeiros passos como jogador. Também outros jovens talentos como Philippe Mexès, Bacary Sagna, Djibril Cissé, Abou Diaby ou Stéphane Guivarc’h foram treinados por Roux ao longo de todo o percurso do técnico no Auxerre.
O treinador francês reformou-se em 2005, mas manteve a ligação com um clube por mais alguns anos, como conselheiro e figura presente. Nos dias de hoje, com 86 anos, Guy Roux mantém-se como um adepto reconhecido como o principal pilar da história do AJ Auxerre.
Apesar de já ter descido várias vezes à Segunda Liga Francesa desde a saída de Roux, o clube conseguiu reerguer-se. E ocupa, atualmente, um lugar entre os melhores 18 clubes de França.
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