O presidente José Manuel dos Santos lidera os destinos do clube há 16 anos e acredita na conquista do primeiro troféu sénior, na final diante do Sesimbra. Admitindo que ainda tem objetivos por cumprir neste mandato, o dirigente destaca ainda o incrível feito dos juniores, que ascenderam pela primeira vez aos Nacionais.

Vivem-se, por esta altura, dias felizes no Charneca de Caparica Futebol Clube. Depois de uma época difícil em 2023/24, sobretudo na primeira metade, em que andou na zona de despromoção da 1ª Divisão da AF Setúbal, tudo mudou em 2024/25. Os canários de Vítor Conceição estão em 7º lugar no campeonato a duas jornadas do fim e alcançaram a final da Taça da Associação de Setúbal pela 2ª vez na história. E o percurso foi brilhante, ao eliminarem Alcochetense e Montijo, clubes que estão a discutir a subida de divisão. No dia 10 de junho, o Charneca defronta, então, o Sesimbra na final (estádio ainda por definir) e vai à procura da sua primeira Taça AF Setúbal.

O que, a acontecer, seria “um momento marcante” para o presidente José Manuel dos Santos. “Ganhar a Taça AFS seria, certamente, um grande orgulho para qualquer presidente. Esse tipo de conquista não só elevaria o prestígio do clube, como uniria a comunidade e os adeptos em torno de um objetivo”, reconhece o líder máximo dos destinos do clube.

Depois de ter perdido a primeira final da Taça que disputou, em 2016/17, frente ao Amora, o Charneca Caparica voltou, esta época, a fazer um percurso digno de registo até à final. Eliminou Alcochetense nos ‘quartos’ (2-1 a.p. em casa) e Olímpico do Montijo nas ‘meias’ (0-0, 4-2 g.p. fora). Precisamente os dois clubes que também eliminou em 2016/17. Contudo, agora a final será frente ao Sesimbra.

“O Olímpico do Montijo e o Alcochetense eram dois candidatos a vencerem a Taça, mas o futebol é imprevisível. E o Charneca tem história na taça, já fomos finalistas vencidos com o Amora e chegámos várias vezes aos quartos-de-final e meias-finais. Mas desta vez penso que vamos sair vencedores”, confessa um presidente com obra feita nestes 16 anos.

Objetivos perto de serem atingidos

O Charneca tem sempre o sonho de chegar à final da Taça, mas, no campeonato, definiu como meta ficar nos seis primeiros classificados. Ocupa, a duas rondas do fim, o 7º lugar, a 1 ponto do Alfarim, pelo que tudo é possível. “Estamos prestes a atingir todos os objetivos planeados no início da época. Ficar nos 6 primeiros e ir à final da Taça”, reconhece o líder máximo do clube.

Perspetivando uma “final emocionante” frente ao Sesimbra, José Manuel dos Santos indica o que poderá ter sido o segredo para uma caminhada que todos no clube esperam ver culminada com a conquista da Taça. “O segredo geralmente envolve uma combinação de fatores. Desde o Planeamento e Estratégia, passando ainda pelo trabalho de Equipa, preparação física e mental, análise ao adversário, incentivo e motivação do grupo e, por fim, a sempre necessária resiliência”, confessa.

E quem pensar que uma eventual conquista da Taça pode levar o presidente a considerar que já fez tudo o que podia pelo Charneca… desengane-se. “Após 16 anos no clube e uma recente reeleição, conquistar a taça seria, realmente, um grande feito. Mas ainda há várias áreas que podem ser desenvolvidas”, avisa. E passa, em seguida a enumerá-las. “O desenvolvimento de jovens Talentos, o fortalecimento da Comunidade, a melhoria e criação de novas infraestruturas, a angariação de novos apoios financeiros e, ainda, a implementação de uma cultura vencedora no Charneca. Há, ainda muito, por fazer”, reconhece.

Parabéns aos juniores

Se o percurso dos seniores esta época é digno de vários elogios, o que dizer do trabalho efetuado pelos juniores e respetiva equipa técnica. A subida inédita aos Nacionais deixou, então, o presidente do Charneca muito orgulhoso.

“A subida dos juniores aos nacionais é um momento culminante e histórico que reflete o esforço, a dedicação e o talento dos jovens atletas e toda a equipa de formação. Esse processo de formação inclui não só o treino técnico e tático, mas também educação e valores como disciplina, trabalho e rigor. E aqui o ambiente proporcionado pelos treinadores, familiares e colegas foi fundamental”, explica.

E José Manuel dos Santos conclui. “A subida aos nacionais irá proporcionar aos atletas um nível mais elevado defrontando adversários de diferentes regiões, contribuindo para o seu crescimento.”