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Márcio Abreu quer viver o sonho do Krasnodar

Márcio Abreu quer viver o sonho do Krasnodar

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Depois de ter falhado a conquista daquele que seria o primeiro título de campeão do clube, o Krasnodar lidera agora a liga russa, a sete jornadas do fim, com mais 5 pontos do que Zenit e Spartak Moscovo. Hoje, a antiga equipa do médio madeirense vai a São Petersburgo para uma das ‘finais’ da época.

Márcio Abreu foi formado no Marítimo e apareceu de forma frequente na equipa principal em 2022/03. Depois, rumou ao Camacha e partiu à aventura, no verão de 2007, quando assinou pelo Chernomorets. Após quatro épocas na Bulgária, chegou o convite dos russos do Krasnodar, por intermédio do multimilionário Sergey Galitsky, que fundara, em 2008, o clube que, dezassete anos volvidos, lidera a liga russa a 7 jornadas do fim. E Márcio Abreu quer viver o sonho do Krasnodar.

E o antigo médio não se esquece do presidente do Krasnodar. “O presidente e dono do clube é uma pessoa séria, bem como todos os dirigentes que encontrei no clube. E atenção que já saí do clube há mais de dez anos. Mas o clube tem evoluído imenso. Comprou um terreno para fazer o estádio e evoluiu a nível de formação, com a construção de uma academia”, conta ao Craques.pt.

As recordações são boas, ainda que o Krasnodar, naquelas épocas – 2011/12, 2012/13 e 2013/14 – lutasse por objetivos diferentes.

Márcio Abreu fez 9 golos em 90 jogos com a camisola do Krasnodar

“O Krasnodar, na minha altura, lutava para não descer e manter-se entre os grandes da Rússia. Ainda fomos à final da Taça da Rússia, mas perdemos com o Rostov [derrota na final com o Rostov em 2013/14]. Mas o clube já mostrava ambições de crescer e tínhamos equipa de sub-23. Agora, a formação está mais desenvolvida, felizmente”, explica.

Ninguém pode apitar na Rússia

Desafiado a contar alguma história hilariante que tivesse vivido na sua passagem pelo Krasnodar, Márcio Abreu não hesitou. “Há algumas histórias, mas lembro-me de duas muito engraçadas. Uma vez saí do treino com o meu colega brasileiro Joãozinho, no mini dele. Estávamos a sair da Academia, ele quis virar à direita, mas não fez pisca e apareceu um carro de frente e ele buzinou. Só que na Rússia ninguém pode apitar. Saiu logo um homem do outro carro com uma pistola, tivemos de acalmá-lo e pedir desculpa”, contou.

Márcio e Joãozinho defrontaram Roberto Carlos na Rússia

À espera do elevador com uma metralhadora

A outra história foi vivida no hotel onde Márcio Abreu estava instalado, quando jogava no Krasnodar. “Saí do meu quarto e ia para o elevador porque ia ter treino. Chego ao pé do elevador e está um homem com uma metralhadora às costas, para entrar. Disse-me para eu entrar primeiro, mas disse que me tinha esquecido de uma coisa no quarto e fugi dali a sete pés. Fechei-me no quarto, tranquei a porta e não saí dali enquanto não o vi a sair daquele andar…”

O melhor amigo dos jogadores

Márcio Abreu fez 9 golos em 90 jogos pelo Krasnodar e não se cansa de elogiar o presidente. “Era uma pessoa simples, estava sempre connosco, fazia sempre questão de falar com os jogadores. Se jogávamos bem, elogiava-nos e pedia-nos para continuar. Mas também nos dizia se tivéssemos estado mal no jogo. Falava connosco na cara, era uma pessoa séria, de caráter”, explica.

Sergey Galitsky (à esquerda) é o fundador e proprietário do Krasnodar

Conquistar o título de campeão seria um prémio merecido. O Krasnodar perdeu essa possibilidade nas últimas jornadas da época passada, mas não quebrou. Esta época voltou a mostrar a sua força e Márcio Abreu espera poder regressar ao clube para celebrar… o título. “Estou para ir lá já há algum tempo, mas a situação da guerra com a Ucrânia tem-me deixado receoso. Sei que se for lá, serei bem recebido. Já fui ao estádio novo, convidaram-me e foi muito especial”, admite.

As lembranças do Poborsky da Madeira

Ao Craques, Márcio Abreu falou ainda do grande sonho de Sergey Galitsky. “Ele adora o Arsenal e sempre teve a ambição de construir em Krasnodar um estádio igual ao do Emirates. E, pelo que o conheço, há-de conseguir”, diz.

O Poborsky da Madeira – “foi uma alcunha que me deu o Augusto Inácio num treino no Marítimo” –, assim apelidado pela velocidade que imprimia nos flancos e pelo cabelo semelhante ao do antigo internacional checo, recorda ainda as multas aplicadas pelo proprietário do Krasnodar para quem não quisesse utilizar os equipamentos de última geração que eram adquiridos. “Acabávamos os treinos e íamos para os banhos e massagens. Havia aparelhos de alta gama, até para crioterapia e outros tratamentos. Havia quem não quisesse perder tempo com isso mas o presidente multava quem se esquivava (risos)”, explicou.

Hoje, o Krasnodar tem uma ‘final’ em São Petersburgo, frente ao Zenit, de quem tem 5 pontos de avanço (tal como do Spartak Moscovo) e Márcio Abreu vai torcer pela vitória à distância.

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