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Benfica: uma semana infernal

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Benfica: uma semana infernal

Nuno FarinhaNuno Farinha|

As eleições do Benfica, marcadas para sábado (dia 25), vão fazer subir muito a ‘temperatura’ do universo encarnado nos próximos sete dias. Entrou-se, definitivamente, na fase do tudo ou nada. Está ultrapassado o período do “populismo e demagogia” – como classificou recentemente o ex-diretor das águias, Tiago Pinto – para passarmos a entrar numa fase ainda pior: a do “vale tudo”.

Os últimos tempos têm sido marcados por uma sucessão de golpes baixos, de notícias encomendadas e de ataques pessoais. Mas o que aí vem, acreditem, não é melhor. Pelo contrário. O desespero é grande e sente-se, a cada dia que passa, que a aflição aumenta na exata medida em que as sondagens vão começando a revelar uma certa definição.

Candidatos que falavam pouco começaram a falar muito. Candidatos que falavam muito começaram a falar pouco. Mais importante: candidatos que falavam baixinho começaram a falar alto. E candidatos que falavam alto começaram a falar baixinho. As mudanças de estratégia nunca são um bom sinal em campanhas eleitorais. Revelam dúvidas e receios que estavam ‘camuflados’ e, na maior parte dos casos, transportam para o eleitor (sócio, neste caso) exatamente a mesma sensação: dúvida e receio em entregar o voto a quem não revela firmeza.

É verdade que os programas eleitorais estão apresentados e disponíveis para consulta, mas quem é que está preocupado com propostas concretas, reformas no modelo de governança ou nas soluções apresentadas para a sustentabilidade financeira do Benfica? Quase ninguém. Estamos, verdadeiramente, na era do soundbyte e da perceção.

Se tentarmos lembrar um momento da campanha eleitoral de cada um dos seis candidatos do Benfica, as primeiras ideias que surgem, sem pensar muito, são estas:

João Noronha Lopes: Viu-se forçado a responder a um ataque e, dessa forma, a apresentar a sua declaração de rendimentos nos últimos sete anos.

Rui Costa: Garantiu a um jornal desportivo que vai ser melhor presidente do que foi jogador e que foi Nuno Gomes (vice-presidente na lista de Noronha) quem sugeriu a contratação de Roger Schmidt.

Luís Filipe Vieira: Afirmou ter a certeza de que, com os novos estatutos, a próxima direção eleita cai ao fim de dois anos e o que o clube irá de novo para eleições até 2027.

Martim Mayer: Sonha fazer dois mandatos e conquistar 8 campeonatos nacionais nesses 8 anos.

João Diogo Manteigas: Declarou ter a informação segura de que Mourinho prefere a Seleção Nacional ao Benfica.

Cristóvão Carvalho: Assegura que consegue contratar Jürgen Klopp para o Benfica (mesmo tendo admitido que nunca falou com ele).

O que está em jogo nestas eleições do Benfica, acima de qualquer outra coisa, é a decisão entre haver ou não mudança. Os sócios do Benfica têm os exemplos recentes das alterações profundas que existiram no comando dos rivais, Sporting e FC Porto. E essas rupturas, com os resultados que estão à vista, podem ter influência naquilo que está em causa: mudar ou não mudar.

Se a escolha for pela continuidade, há duas hipóteses de voto: Rui Costa e Luís Filipe Vieira. O mandato (único) de Rui Costa foi francamente negativo. Os mandatos (vários) de Vieira tiveram de tudo: coisas muito boas e coisas muito más.

Se, pelo contrário, os sócios do Benfica optarem pela mudança, só há uma pessoa com capacidade, estrutura, equipa, meios e projeto para ocupar o lugar: Noronha Lopes.

É isto, no fundo, que está em causa.

Na linha de continuidade há dois nomes.

Na opção pela mudança há apenas um (com condições para isso).

Se houver 2.ª volta, como tudo indica, a complexidade vai aumentar – em função, naturalmente, de possíveis alianças e de estratégias de conveniência de última hora. Mas, para isso, vamos ter de esperar.

Já agora, para finalizar: na escaldante reta final que aí vem, há, ainda, esse jogo da Liga dos Campeões em Newcastle. Um bom resultado (empate ou vitória) beneficiará, seguramente, o presidente em exercício. Uma eventual derrota (que seria a 3.ª em 3 jogos da Champions) poderia deixar Rui Costa à beira do KO.

Não esquecendo, claro, o debate de dia 23 (na BTV) entre os seis candidatos, que promete ser um dos momentos mais – como dizer? – “fascinantes” da televisão portuguesa nos últimos tempos!

Apertem bem os cintos e comprem pipocas.

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