
Mundial Feminino: a emoção da “nova” realidade alimenta o “velho” sonho olímpico
Pedro Catita|Filipinas, nação localizada no Sudoeste Asiático, a mais de 12 mil quilómetros de Portugal, acolhe a primeira edição do Campeonato do Mundo Feminino, de 21 de novembro a 7 de dezembro, torneio marcante na consolidação competitiva, desenvolvimento global e validação internacional.
Arquipélago composto por mais de 7500 ilhas, sendo 2000 habitadas, com mais de 100 milhões de habitantes, as Filipinas fazem fronteiras marítimas com Taiwan, Malásia, Indonésia e Vietname.
Longe da vista – fuso horário GMT+8 – mas perto do coração. A distância geográfica é grande, mas o simbolismo é ainda maior. O Mundial Feminino é um grande passo para a modalidade e um passo gigante para a ‘Humanidade do Futsal’, expressão similar à descrição do astronauta Neil Armstrong quando pisou a Lua pela primeira vez.
As 32 partidas, distribuídas por 13 dos 17 dias da prova – há quatro dias de folga – vão, então, disputar-se na PhilSports Arena, situada na localidade de Pasig City, arredores da capital, Manila. Pavilhão imponente, inaugurado em 1985 e renovado em 2005 e 2019, tem capacidade para 10 000 espetadores.
Este Mundial será seguramente um empurrão decisivo para o Futsal, almofadando também um passo firme para legitimar a ambição de entrada no programa olímpico. Todos acreditamos, então, que será um impulso determinante e que vai replicar-se em Portugal e no Mundo. Traduzindo um peso histórico relevante, uma oportunidade estratégica, uma janela aberta para o futuro.
Foram 25 as seleções femininas que disputaram a qualificação europeia. Poucas? Muitas? Para quem desconhece, a primeira edição da fase final do Mundial Masculino, em 1989, teve 16 seleções participantes – por convite – e a segunda edição teve apenas 27 países (10 europeus) a disputar a qualificação. O desenvolvimento desportivo faz-se, então, passo a passo, com paciência, visão e sustentabilidade. O Mundial da Guatemala em 2000 – próximo dia 3 de dezembro invoca o 25.º aniversário da inolvidável medalha de bronze – teve apenas 27 seleções europeias a disputar a qualificação.
O futsal feminino até está mais acelerado. Que seja um bom prenúncio.
Que a bola começe a rolar!
É importante que o futsal feminino português acompanhe este impulso global, agarre a oportunidade, e transformá-lo em progresso interno. Nos próximos anos há objetivos/desafios que aponto como essenciais:
Por outro lado, em termos internacionais, o Mundial Feminino pode e deve acelerar, então, decisões e projetos importantes:
E “the last but not the list” será – acreditamos todos – a consequência mais desejada da realização da primeira edição do Mundial Feminino: tornar o Futsal modalidade olímpica.
Passa a cumprir os requisitos necessários e é na verdade a terceira modalidade coletiva com mais países a praticar – combinando homens e mulheres. Alcance global, base competitiva, paridade crescente, expressão continental e projeção de crescimento.
O basquetebol masculino é olímpico desde Berlim 1936, e o feminino desde Montreal 1976. Já o voleibol masculino tornou-se, então, olímpico desde Tóquio 1964, o andebol masculino é regularmente olímpico desde Munique 1972 e o torneio feminino foi introduzido em Montreal 1976. O Futsal já merece, o Futsal já justifica. A questão já não é “se”, mas “quando”. Vai acontecer, vai acontecer. Todos vamos ajudar. Todos vão ajudar.

São 15 as convocadas por Luís Conceição:
. Guarda-redes: Alexandra Melo* (Benfica), Ana Catarina (Benfica) e Maria Odete Rocha (Nun’Álvares);
. Fixo: Inês Matos (Benfica);
. Fixo / Ala: Ana Azevedo (Nun’Álvares), Kika (Leões Porto Salvo) e Fifó (Benfica);
. Ala: Carolina Pedreira (Poio Pescamar), Leninha (Futsi Atlético Navalcarnero), Kaká (Nun’Álvares), Maria Pereira (Benfica) e Martinha (Nun’Álvares);
. Pivot: Débora Lavrador (Poio Pescamar), Janice Silva (Benfica), Lídia Moreira (Nun’Álvares);
* Não está inscrita.





– A árbitra portuguesa Filipa Prata, de 33 anos, celebrados em julho, está nomeada para integrar o quadro de árbitros da prova. Natural de Cantanhede, foi promovida à categoria de internacional em 2024, e está filiada na Associação de Futebol de Coimbra.
– A empresa portuguesa Inov4Sports foi selecionada pela FIFA para fornecer os pisos oficiais, sendo um oficial de jogo e três de treino.
– 16 seleções participantes: Filipinas, Polónia, Marrocos, Argentina, Espanha, Tailândia, Colômbia, Canadá, PORTUGAL, Tanzânia, Japão, Nova Zelândia, Brasil, Irão, Itália e Panamá.
– Itália, Polónia, Portugal e Espanha representam a UEFA.
– A qualificação europeia contou com 25 países: Bielorrússia, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Croácia, Chéquia, Inglaterra, Finlândia, França, Hungria, Itália, Cazaquistão, Letónia, Lituânia, Moldávia, Países Baixos, Irlanda do Norte, Noruega, Polónia, Portugal, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia e Ucrânia.
– 224 jogadoras participam na prova. A brasileira Lucileia, com 42 anos celebrados a 28 de junho, é a mais velha da competição, seguida da espanhola Dany Domingos e da iraniana Nasimeh Gholami, com 41 e 40 anos, respectivamente. A tanzaniana Helena Mtundagi, 15 anos e 109 dias, é a jogadora mais jovem da seleção. A ‘nossa’ Ana Catarina, melhor guarda-redes do mundo em 2018, 2020, 2021 e 2024, celebrou esta quarta-feira 19 de novembro, o 33.º aniversário.
– Nove das 14 jogadoras da Tanzânia nasceram em 2006 ou depois, sendo que sete são menores de idade no dia do arranque da prova.
– Os clubes Poio Pescamar e Nun’Álvares são os mais representados no certame, com sete futsalistas cada.
– A brasileira Amandinha foi eleita a melhor do mundo em oito anos consecutivos, de 2014 a 2021. A espanhola Peque e as brasileiras Camila (atua no Nun’Álvares) e Emilly foram as que lhe sucederam entre 2022 e 2024, respetivamente.
– Sete jogadoras da seleção italiana nasceram no Brasil: Renata Adamatti, Adrieli Berte, Brenda Bettioli, Bruna Borges, Rafaela Dal’Maz, Ana Carolina Sestari e Gaby Vanelli. Curiosamente, Brasil e Itália estão no Grupo D da Primeira Fase e defrontam-se na segunda jornada, dia 26 de novembro.
– Espanha, Irão, Tanzânia e Tailândia são compostas totalmente por jogadoras que jogam nos seus países.
– O Brasil, favorito à medalha de ouro, é a seleção com menos jogadoras a atuar no seu país. Apenas três: Bianca, Luana Rodrigues e Natalinha.
– A canadiana Joelle Gosselin, com 1,80m, é a jogadora mais alta, seguida da compatriota Lea Palacio-Tellier (1,78m) e da neozelandesa Hannah Hegarty (1,78m).
– A marroquina Drissia Korrych e a argentina Silvina Nava são as jogadoras mais baixas, com 1,48m cada.

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