Em entrevista exclusiva, o adjunto de Fabiano Flora no Al-Diriyah fala sobre as experiências no futebol. Desde o trabalho com o agora campeão nacional Rui Borges no Académico Viseu, ou com Vítor Paneira no Tondela. Mas os três anos vividos no futebol da Arábia Saudita já lhe trouxeram muitas alegrias… Paulo Cadete aceitou o desafio [...]
Paulo Cadete aceitou o desafio proposto por Fabiano Flora há 3 anos e rumou, então, ao futebol da Arábia Saudita. Em três anos, trabalharam juntos em outros tantos clubes e já subiram duas vezes de divisão. A última delas ao serviço do Al-Diriyah, um clube que aceitaram treinar na 3ª Liga e ascenderam à 2ª, embora o objetivo seja chegar ao topo. Mas este homem do futebol, que falou em exclusivo ao PodCraques – Podcast do Craques.pt – tem muito mais experiências para contar. Paulo Cadete fala ao Craques – as experiências com Rui Borges, Vítor Paneira, CR7, Arábia Saudita…
E tudo começou em 2022. Quando menos esperava, Paulo Cadete viu um amigo indicar o seu nome a Fabiano Flora para integrar a equipa técnica do Al-Sahel. E a aventura começou, então, ainda um pouco a ‘apalpar terreno’.
“Estava no Académico e o Fabiano, que é de Viseu, falou com um amigo em comum que lhe sugeriu o meu nome. Fomos para a Arábia Saudita, uma coisa nova que ninguém sabia como ia ser”, explica, acrescentando: “Foi muito importante o primeiro ano no Al-Sahel Club, para perceber como funcionava o país e o campeonato.”
E depois da primeira experiência, vieram as épocas de sucesso. “Subimos o Al-Kholood da 2ª à 1ª Divisão e depois fomos à 3ª Divisão para subir o Al-Diriyah à 2ª Divisão. No Al-Kholood, o objetivo nem era subir de divisão, até porque quando chegámos, o clube estava abaixo da linha de água. Mas fomos somando resultados, modificando o que podíamos e galgámos posições até à subida. Foi incrível”, contou, no PodCraques.
Após subir à 1ª Divisão, a equipa técnica foi convidada pelo Estado Árabe a pegar no Al-Diriyah, equipa da 3ª Divisão que faz parte dos Fundos de Investimento e cujo objetivo é chegar ao topo. “O Al-Diriyah faz parte dos Fundos de Investimento da Arábia Saudita, tal como o Neom. O objetivo do clube era ficar no 1º lugar, as condições são muito boas, proporcionaram-nos um grande plantel, onde estava o Moussa Marega. Fizemos uma grande época, mas houve sacrifício porque, na 3ª divisão, os campos não são os melhores. Todos queriam ganhar ao Al Diriyah”, diz.
Paulo Cadete chegou, então, ao futebol da Arábia Saudita em 2022, poucos dias antes de Cristiano Ronaldo ter assinado pelo Al Nassr. E o técnico não tem dúvidas: CR7 mudou a forma de pensar dos árabes.
“A ida do Ronaldo para a Arábia mudou mentalidades. Por exemplo, a mulher não podia ir aos estádios e agora já vai. Além disso, a maneira de trabalhar, o profissionalismo que impôs no clube. Mudou completamente a mentalidade e era também isso que os responsáveis do Al Nassr queriam”, explica, sem demoras.
Além disso, Cadete destaca, então, o papel que o craque português teve na abertura de portas do futebol árabe aos treinadores portugueses. “Jorge Jesus já lá tinha estado antes, mas Ronaldo foi um abrir de portas enormíssimo. Temos lá vários treinadores portugueses a ter sucesso: o Pedro Emanuel, o Paulo Sérgio, o Jorge Jesus, esteve lá o Luís Castro. O José Gomes também conseguiu a manutenção do Al Fateh. E grandes trabalhos de todos…. Ainda ontem mandei mensagem ao Paulo Sérgio a dar os parabéns a toda a equipa pela permanência do Al-Akhdoud [Nota: Mário Silva também subiu o Al-Najma à 1ª Liga da Arábia Saudita].”
Em 2019/20, Paulo Cadete integrou a equipa técnica de Rui Borges no Académico de Viseu, como treinador de guarda-redes. Volvidos cinco anos, viu o seu ex-chefe consumar a dobradinha do Sporting. O que o deixou, então, bastante orgulhoso.
“É com muito gosto que o vejo a ganhar e num patamar muito grande. Juntamente com a equipa técnica que sempre o acompanhou. O professor Nando, o Zé Pedro, Ricardo Chaves. Agora ganhou também a Taça de Portugal e é um gosto vê-los triunfar, eles que trabalharam comigo no Ac. Viseu. Trabalhar com o Rui é super fácil. O que o Rui diz hoje e a maneira como fala, é igual a quando estava comigo no Académico. Processos simples, trabalho normalíssimo, cada um tem a sua tarefa. O Rui Borges de hoje é o mesmo que esteve comigo no Académico”, conta.
Destaca, então, a forma de liderar do atual técnico do Sporting. “. A sua maneira de liderar é muito próxima dos jogadores. Ele sente o que o jogador pensa. O Rui também dá duras, se tiver de dar. Entrou numa situação muito complicada, demorou um bocadinho a ver onde estava inserido, mas rapidamente deu a volta por cima”, considera. Sem esquecer os trabalhos que já tinha feito nos clubes por onde havia passado. “Não podemos esquecer o excelente trabalho que fez no Académico, o que fez no Moreirense e depois no Vitória. Há aqui qualidade. Gostaria também de enaltecer o seu staff porque é simples como ele”, explica.
“Com o Rui Borges, o Ac. Viseu foi à meia-final da Taça de Portugal. Tem feito uma ascensão muito positiva, merecida, dentro da sua vontade, querer, simplicidade e profissionalismo e não tenho dúvidas de que será ainda mais feliz”, realça, ainda.
No Tondela, Paulo Cadete integrou, então, a equipa de Vítor Paneira em 2011/12 e 2012/13. E as memórias são muito positivas. “Eu fui jogador do Vítor no Ribeirão e depois fui para adjunto dele no Tondela. Estive lá quatro anos, no primeiro jogámos o Campeonato de Portugal e subimos logo. Depois, entretanto, o Vítor saiu e foi quando eu subi à Primeira Liga, mas saí. Falta-me aqui a Primeira Liga”, reconhece.
Ainda assim, salienta o discurso que o ex-técnico do Varzim sempre teve para com a equipa técnica. “O Vítor foi o treinador que disse à sua equipa técnica, onde eu estava, o seguinte: ‘Vocês é que são os principais. Eu estou aqui, mas vocês é que são os mais importantes.’ Isto é saber liderar. É dar importância a quem trabalha connosco”, lembra.
Paneira, que há poucos dias deixou o comando técnico do Varzim, é apontado como elemento integrante da lista de João Noronha Lopes, futuro candidato à presidência do Benfica. E, para Cadete, Paneira vai agora tentar cumprir um sonho antigo: “Ele nunca aceitou bem a forma como saiu do Benfica. E creio que existe a intenção de voltar ao clube. Não creio que seja para presidente. Não sei o cargo que ele ambiciona, mas servir o Benfica será o sonho dele, é inequívoco.”
Aos 34 anos, Marega faz parte do plantel do Al-Diriyah, clube onde trabalha, então, com Paulo Cadete. O avançado foi uma das grandes figuras da equipa que subiu à 2ª Divisão da Arábia Saudita. E a ambição do internacional maliano que passou pelo futebol português surpreendeu Paulo Cadete.
“O Marega é 5 estrelas. Mesmo com a idade que tem e a carreira que já fez, ainda quer ganhar, seja no jogo, seja no treino. Tem uma motivação muito grande. Quer decidir os jogos, estar bem fisicamente, de estar bem em nutrição e alimentação”, diz. E finaliza: “Cada vez mais no futebol temos de contar com gente que tenha sede de vencer. E é muito bom ver um jogador com este nível de profissionalismo.”
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