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Montijenses em luta – a resistência do Olímpico do Montijo

Montijenses em luta – a resistência do Olímpico do Montijo

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Fundado em 2007 após a extinção do CD Montijo, o Olímpico local já conquistou títulos distritais e chegou a disputar campeonatos nacionais. Mas alguns problemas com investidores chineses, jogadores sem salários e burocracias relacionadas com a FPF têm impedido, então, o clube de se estabilizar numa divisão mais alta do futebol português.

O Clube Olímpico do Montijo nasceu das cinzas do histórico CD Montijo em 2007, herdando a paixão dos adeptos e as instalações do Campo da Liberdade. Em 18 anos de existência, o clube já provou ter qualidade para competir nos escalões superiores. A história recente tem sido, então, marcada por crises que impedem um crescimento sustentado. Entre investidores problemáticos, jogadores sem receber e decisões burocráticas que custaram subidas de divisão, o Olímpico tem vivido os últimos anos numa montanha-russa frustrante. Montijenses em luta – a resistência do Olímpico do Montijo.

Das cinzas do CD Montijo ao Campeonato de Portugal

O Olímpico do Montijo nasceu do fim do Clube Desportivo. O extinto clube havia sido, então, fundado em 1948 e chegou a conquistar a 3.ª Divisão duas vezes (1965/66 e 1989/90) e ainda a Zona Sul da 2.ª Divisão, em 1971/72. Resultando esta na primeira subida ao escalão mais alto do futebol português. O clube do Montijo foi primodivisionário apenas três vezes, e todas nos anos 70. A primeira em 1972/73 e as restantes em 1973/74 e 1976/77. Devido a problemas financeiros, o clube cessou funções em 2007.

A equipa do CD Montijo que disputou a I Divisão na temporada 1976/77

Fundado a 11 de julho de 2007, por Pedro Nuno Santos, o Olímpico mostrou rapidamente ambição. Em 2010/11 conquistou, então, o título da 1.ª divisão Distrital de Setúbal e subia, assim, à 3ª Divisão Nacional. Mas houve nova subida em 2016/17, o que levou o clube a disputar, então, o Campeonato de Portugal. Pelo histórico CD Montijo passaram vários jogadores reputados. Desde Paulo Futre a Vítor Baptista, passando por Fernando Mendes, João Alves, Ricardo Pereira (guarda-redes), José Rachão, Cepinha ou Celestino. Este último é mesmo o jogador com mais jogos pelo clube na I Divisão.

Há ainda treinadores que deixaram, então, a sua marca nos auriverdes do Montijo. Como Alfredo Espírito Santo, Dante Bianchi, Janos Zorgo, Conhé (União de Tomar) ou Rogério Dias.

A crise dos jogadores sem dinheiro

Em abril de 2020, o Olímpico viveu, então, uma das páginas mais negras da sua história. Todo o plantel estava há três meses sem receber, com quatro estrangeiros a viver mesmo uma situação dramática: sem dinheiro para comer, pagar água ou luz. A SAD chinesa, que comandava, então, os destinos do clube tinha deixado o Olímpico numa situação insustentável. E para piorar o cenário, deixou de responder aos pedidos urgentes de quem atravessava uma situação limite.

Os montijenses reúnem-se de 15 em 15 dias no Campo da Liberdade para apoiar o clube

Nesse momento, a claque “Orgulho Aldeano” organizou-se, então, para recolher e entregar alimentos aos jogadores, enquanto o diretor-desportivo chegou a dar dinheiro do seu próprio bolso para ajudar. Uma situação que punha em causa a própria saúde dos atletas.

Campeões no campo mas derrotados na secretaria

O mês de junho de 2024 trouxe, então, uma nova desilusão aos montijenses. Após vencer a 1.ª Distrital de Setúbal e celebrar a subida ao Campeonato de Portugal, o Olímpico viu a Federação Portuguesa de Futebol rejeitar a sua inscrição por questões burocráticas relacionadas com prazos da escritura da SAD.

Equipa fez a festa da promoção dentro das quatro linhas mas acabou por não subir

O presidente Cláudio Oliveira lamentou, então, todo o processo que acabou por penalizar o Olímpico do Montijo: “Ganhámos no campo e foi-nos retirada a possibilidade de competir,” queixou-se, então. A verdade é que a vaga foi, então, entregue ao Comércio e Indústria, segundo classificado nessa temporada.

Ainda assim, todos os jogadores aceitaram ficar no clube para tentarem uma nova subida na época seguinte. Em 2024/25, o Olímpico terminou em 2º lugar, a 1 ponto do campeão Alcochetense. Mas os montijenses manter-se-ão na luta porque a resistência do Olímpico do Montijo é eterna.

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