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Temos Talento!

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Rolando FreitasRolando Freitas|

Na semana passada, assistimos ao anúncio do Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo pelo atual governo. Trata-se de um plano a doze anos, abrangendo três ciclos olímpicos, o que representa um prazo mais extenso do que aquele a que estamos
habituados.

Embora possamos debater as medidas, os objetivos e os recursos financeiros, o meu foco hoje não reside na apresentação e discussão de um plano para o desporto em sede ministerial. Um plano deve promover a melhoria, o desenvolvimento, a previsão do futuro e a criação de condições para o crescimento. Este aspeto, apesar do apoio estatal, tem sido escasso em outras legislaturas.

Neste contexto, recordo o investimento próprio de atletas, treinadores, clubes e federações no crescimento das suas modalidades. Foi o caso do andebol e continua a ser, muito particularmente no caso dos seus treinadores. A valorização dos quadros técnicos foi uma exigência da federação, mas também uma aspiração pessoal de muitos treinadores que, individualmente ou em pequenos grupos, procuraram a melhor formação com os treinadores europeus mais conceituados, absorvendo conhecimentos de diversas escolas para desenvolver a nossa filosofia de jogo.

A Federação complementou esta iniciativa com a exigência da certificação, tornando-a obrigatória, elevando assim o nível de qualificação dos treinadores portugueses de andebol para as suas competições nacionais.

Empreendedorismo e visão

Portugal, um país ocidental, destaca-se no cenário desportivo geocentrado no centro-este da Europa, possuindo um conjunto de treinadores de elevada qualidade. Estes treinadores competem com os melhores a nível mundial, encontrando-se espalhados pela Europa, Ásia, África e outros continentes, participando em competições de prestígio e estabelecendo-se como referências no seu campo. A sua busca por sonhos e ambições tem alterado o panorama desportivo, modificado o mercado e aproximado o andebol de outros desportos mais populares. Apesar da profissão de treinador ter sido oficialmente reconhecida em Portugal, ainda não dispõe das condições ideais.

No entanto, estes treinadores demonstram empreendedorismo e visão, alcançando resultados comparáveis ou superiores aos dos seus pares, utilizando os mesmos recursos. Este facto é evidente para aqueles que residem fora do país ou aqueles que competem no nosso burgo, mas também na Europa e no mundo.

Imperativo abandonar “inveja” e “nevoeiro”

O talento português reside na competência e no profissionalismo, e não no narcisismo. É fruto do envolvimento e do trabalho árduo, e não da pretensão. Sempre nos custou muito em muitas áreas e o desporto não é exceção. Filipa Jardim Silva referiu-se, há umas semanas, à existência de uma humildade tóxica em Portugal, que impede o reconhecimento da competência. Tal como Joana Vasconcelos havia mencionado, há uma “inveja” e “nevoeiro” que limitam a nossa visão. Talvez resultante de anos de pequenez, é imperativo abandonar este pensamento limitante. Somos bons. Temos talento.

O treinador português possui qualidade. Temos talento! Parabéns e continuem a contribuir para o desenvolvimento do andebol e do desporto português, pois fazem-no também pelo nosso país.

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