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Rui Costa e a reviravolta histórica do Valpaços: “Nunca tinha visto nada assim!”

Rui Costa e a reviravolta histórica do Valpaços: “Nunca tinha visto nada assim!”

Rui Costa e a reviravolta histórica do Valpaços: “Nunca tinha visto nada assim!”

CraquesCraques|

Num jogo a contar para a 3ª Eliminatória da Taça de Portugal de Futsal, o treinador do Valpaços contou ao pormenor, em declarações exclusivas ao Craques, o que aconteceu no último minuto e meio frente à Casa da Ribeira. Conheça os contornos da reviravolta histórica que deu a vitória por 6-4, depois de estar a perder por 4-0.

A expressão popular diz que “o jogo só acaba quando o árbitro apita”. Aliado a isso, o Pavilhão Desportivo de Valpaços viveu a loucura total. Frente ao Casa da Ribeira, a equipa da casa perdia, então, por 4-0 a 1 minuto e 25 segundos do fim. Um segundo depois fez o 4-1, golo que todos julgavam ser o de honra. Mas estavam enganados. O rugido vindo das bancadas levou a equipa valpacense a acreditar até ao fim. A ponto de operar uma reviravolta épica e triunfar por… 6-4! “As bancadas começaram a cantar o ´só mais um…`. E foi um minuto e meio que nem nós percebemos o que é que se passou realmente.” Rui Costa e a reviravolta histórica do Valpaços: “Nunca tinha visto nada assim!”

Seis golos em menos de minuto e meio

Uma reviravolta inacreditável que só pode ser explicada por quem esteve lá dentro. “Nós passámos o jogo todo nos últimos 12 metros do adversário. Que teve um compromisso coletivo e individual no processo defensivo espetacular. O guarda-redes deles esteve num dia fenomenal”, explicou Rui Costa, impressionado.

Na 1ª parte, a Casa da Ribeira chegou ao intervalo a ganhar 1-0. O que, só por si, já era, então, uma surpresa. Mas essa cresceu ainda mais. Na 2ª parte, Richard (29′), Batata (35′) e o guardião Jorge Borges (37′), num golo de ‘baliza a baliza’ aumentaram o choque no marcador para 0-4.

A Casa da Ribeira ocupa o 2º lugar da Terceira Divisão Nacional na Série dos Açores

Uma “avalanche emocional”

E o resto é história. Para ser escrita nas páginas mais douradas do clube valpacense. Rui Costa conta tudo ao pormenor: “Nós fizemos o quinto elemento, faltavam cinco minutos para o fim. E era mais do mesmo. Conseguíamos rematar e batia num, batia no guarda-redes, batia no poste, ou ia ao lado. Nós deixámos de fazer estatísticas porque já não conseguíamos identificar os remates, sobrepunham-se uns aos outros.”

Quando chegou aos 5-4, faltavam apenas 5 segundos para o final da partida

Logo a seguir, o acreditar e a eficácia ditou o resto do jogo. E o adversário acabou por adormecer. “Os jogadores tiveram o condão de não alterar o processo. Ou seja, não foi nada programado. Eu só utilizei cinco jogadores de campo na segunda parte”, disse o treinador de 47 anos. E os golos apareceram todos no fim. Primeiro Patrick Coelho ainda no minuto 39`, depois Rúben Pinho, Pauleta (bis) e Paulão (bis) todos aos 40`. Naquilo que, considera Rui Costa, se tratou de uma “avalanche emocional” em sentidos contrários para as equipas.

O homem do leme

Quando Rui Costa se refere a nunca não ter visto nada assim, relembra, então, os 18 anos que leva como treinador de futsal. E mais uns quantos como jogador e presidente do clube ao qual dedicou a maior parte da sua vida, o Macedense. “Fui treinador, jogador, presidente, fui um pouco de tudo. Ainda fui fundador como jogador. E também levantei a primeira taça do Macedense”, atira.

Rui Costa é treinador do Valpaços há duas temporadas

Na temporada 2024/2025, começou, então, um novo ciclo no Valpaços Futsal Clube e, desde cedo, percebeu algo importante para atingir o sucesso. “Temos de perceber o contexto, a cidade, o clube, os jogadores. É muito importante conhecer os homens que tenho comigo. E ajustar tudo, traçando um plano e objetivos”, reconhece o experiente treinador. Objetivos esses que têm sido atingidos.

Assumir a subida sem rodeios

Com o plano traçado logo desde o início, os resultados foram instantâneos. O Valpaços jogava na Terceira Divisão Nacional, mas sagrou-se, então, campeão na primeira temporada de Rui Costa ao comando da equipa. Ainda venceu a Taça de Honra de Vila Real e chegou à 4ª Eliminatória da Taça de Portugal.

O Valpaços sagrou-se campeão da Terceira Divisão Nacional em 2024/25

Apesar dos “olhares desconfiados” de alguns atletas, a que se refere o treinador de 47 anos, a verdade é que os resultados têm sido condizentes com as expetativas. Mesmo esta temporada. “O objetivo que eu lancei no primeiro dia aos jogadores era irmos à Taça da Liga. Acabámos por concretizá-lo”, revelou o líder do segundo classificado da 2ª Divisão Nacional de Futsal. Está, então, a um ponto do líder Arsenal Maia. Mas a equipa de Rui Costa tem o melhor ataque da competição (60 golos) e já pensa atingir a Liga Placard, a qual nunca disputou.

Patrick Coelho do Valpaços, é o melhor marcador do campeonato com 15 golos

Em modo de conclusão, Rui Costa aponta, então, um objetivo ambicioso para o que resta da época. “Temos de ir atrás da competência suficiente e preparar a segunda fase de forma competente. Para subirmos de divisão. E não devemos ter medo de assumir que queremos subir de divisão”, conclui Rui Costa, sem rodeios.

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