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Gonçalo Alves e a conquista do Europeu de Hóquei em Patins: “Só um grande grupo poderia dar a volta por cima”

Gonçalo Alves e a conquista do Europeu de Hóquei em Patins: “Só um grande grupo poderia dar a volta por cima”

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O Craques falou com um dos heróis da Seleção Nacional de Hóquei em Patins que ajudou a conquistar o 22.º Europeu da nossa história. O homem dos penáltis decisivos contra a Espanha (2-2, 2-3 g.p.) e um dos marcadores na final (4-1) com a França elogia a união que sempre reinou na equipa. E descartou a pressão externa.

Portugal conquistou o 22º Europeu de Hóquei em Patins da sua história, depois de um arranque para esquecer na competição. O triunfo em Paredes pareceu, a certa altura, uma miragem, já que a Seleção entrou em prova com três derrotas seguidas contra Itália, França e Espanha. Mas lá diz o ditado que após a tempestade, vem a bonança. O selecionador Paulo Freitas reuniu as ‘tropas’ e reequilibrou o lado psicológico da equipa, dando depois a melhor resposta a partir do jogo com Andorra. As desforras contra a Espanha e França pareciam estar escritas na história e Portugal sagrou-se campeão europeu. Gonçalo Alves e a conquista do Europeu de Hóquei em Patins: “Só um grande grupo poderia dar a volta por cima.”

CRAQUES – Quais são as primeiras sensações após a conquista do Europeu em Paredes?

GONÇALO ALVES – As primeiras sensações após a conquista do Europeu em Paredes são indescritíveis. É como se o tempo parasse por um instante: a explosão de alegria no pavilhão, o som ensurdecedor dos adeptos, os abraços entre colegas, e a emoção de perceber que todo o esforço valeu a pena. É sentir orgulho por ter feito história. Ainda mais em casa, perante a família, amigos e um público que empurrou a equipa do primeiro ao último minuto. É um misto de gratidão, alívio e felicidade profunda.

C – Como foi para a equipa seguir em frente depois das derrotas nos três primeiros jogos?

GA – Esta pergunta é das mais simples de responder, só um grande GRUPO como o nosso poderia dar a voltar por cima a 3 dias que não contávamos que acontecessem. Nem tínhamos trabalhado para isso. Em tão pouco senti que estes jogadores, se fosse necessário, dariam a vida uns pelos os outros. A forma como acreditávamos nas capacidades individuais de cada um e principalmente porque sabíamos que tínhamos um coletivo fortíssimo. Fomos uma verdadeira FAMÍLIA dentro e fora de campo.

Rafa, em modo de despedida, ergue o troféu rodeado de Hélder Nunes e Gonçalo Alves

“Não houve ninguém que desistisse nem olhasse com desconfiança para ninguém”

C – Sente que foi finalmente quebrada a maldição depois da derrota em Paredes em 2012?

GA – Portugal estava em dívida para com a cidade de Paredes, depois de infelizmente em 2012 não se ter conseguido vencer. E também por 2021, devido a todas as circunstâncias que aconteceram, precisávamos de dar uma alegria.

C – Pela sua experiência, o que acha que pode ter motivado um arranque tão complicado?

GA – Sinceramente acho que o primeiro jogo, é decisivo para o desenrolar desses 3 dias, porque queríamos começar bem o Europeu e fazer um bom jogo, e não conseguimos mostrar nem metade do que tínhamos trabalhado. O jogo a seguir, foi realmente mau da nossa parte e sabíamos que tínhamos de mudar certas coisas a nível tático e defensivo. A partir daí conseguimos dar uma imagem melhor frente a Espanha.

A equipa esteve sempre unida e soube reerguer-se após um início muito complicado

C – O lado psicológico do selecionador foi decisivo para a equipa dar a volta por cima?

GA – Toda a gente foi muito importante, porque não houve ninguém que desistisse nem olhasse com desconfiança para ninguém. Claro que o Paulo ajudou-nos bastante a vermos sempre o lado positivo, e também a gostar da jornada que naquele momento não estava a ser nada fácil. Trabalhámos, então, todos em prol do próximo, e fomos conseguindo motivar-nos para estarmos preparados para o momento seguinte.

“A pressão dos adeptos passou-nos completamente ao lado”

C – Frente à Espanha, os penáltis pareciam enguiçados, mas o Gonçalo converteu duas vezes e não tremeu no penálti decisivo. Tem algum segredo para marcar?

GA – O segredo está em trabalhar diariamente esta situação de jogo. É algo que trabalho todos os dias, há muitos anos. Confio muito em mim, e sei que quem está ao meu lado também acredita muito. Então, tenho muita confiança quando avanço para os penáltis.

C – Qual foi, então, o momento mais difícil de superar durante a competição? Como sentiram a pressão dos adeptos?

GA – A pressão dos adeptos passou-nos completamente ao lado. Sabíamos perfeitamente que falaram muito mal, mas os únicos que poderíamos mudar alguma coisa éramos nós e o foco que esta equipa manteve para tentar chegar a final foi incrível. Mesmo nos momentos mais difíceis não havia nenhuma cara feia para ninguém e a confiança era total.

A comitiva celebrou a conquista do 22º Europeu da história de Portugal em Lordelo, Paredes

C – Os dois últimos jogos provaram realmente o que vale esta seleção?

GA – Sinceramente, acho que esses dois jogos fomos superiores aos nossos adversários. Claro que também passámos por momentos difíceis em campo, mas no cômputo geral fomos melhores. Fizemos um grupo muito forte que tem muitas possibilidades de voltar a vencer e é para isso que vamos, então, trabalhar nos clubes para quando voltar a chegar o momento da Seleção estarmos bem e prontos para vencer.

C – Tem um palmarés recheado de troféus, tanto pelo clube como pela Seleção. O que é que lhe falta conquistar ainda no hóquei, Gonçalo?

GA – Voltar, então, a revalidar tudo no próximo ano e depois no outro e por aí fora. Quero continuar a sentir-me bem a jogar, a ser feliz dentro de campo e a continuar a conquistar troféus.

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