
Aos 50 anos, Paulo Serrão ainda joga e sonha defrontar o filho
Paulo Serrão vive uma realidade pouco comum no futebol. Aos 50 anos, é titular absoluto do Aldeia dos Fernandes, líder isolado da Série C da 2.ª Divisão da AF Beja. E o defesa-central diz que é possível manter-se competitivo graças à “vontade” e à “pura paixão” pelo desporto. Assume-se também “muito sortudo” por causa das equipas por onde passou. E recorda muitos bons momentos do futebol, reforçando que é necessário muito trabalho para chegar ao mais alto nível. Paulo Serrão ainda joga aos 50 anos e sonha defrontar o filho.

Paulo Serrão iniciou a sua carreira sénior na equipa do Aljustrelense, depois de terminar a formação no Benfica. No entanto, aos 17 anos, vivia com os seus pais em Sintra e, no início, não apreciava a ideia de se mudar para o Alentejo. Graças a alguma pressão por parte do seu pai, acabou, então, por se mudar: “Eu morava em Sintra e vir para o Alentejo não era uma coisa que me agradasse muito. Só que, na altura, o meu pai fez-me ver que o dinheiro que eu vinha ganhar era mais do dobro daquilo que o Sintrense me queria dar.”
E o Aljustrelense acabou por tornar-se a equipa onde mais gostou de jogar. Por se tratar de uma verdadeira família, apesar de nem sempre haver grande sucesso dentro das quatro linhas. “É o clube que eu mais gostei de representar. Éramos mesmo como uma família. No Aljustrelense, como é lógico, nós estando na terceira divisão, às vezes conseguíamos subir. Mas não nos conseguíamos manter na segunda divisão durante muito tempo”.

No início dos anos 2000, o jogador luso-angolano viveu a sua primeira, e única, experiência no estrangeiro. Então ao serviço do Nafpaktiakos Asteras, da Grécia. “Quando estive na Grécia fui para um clube da segunda liga e o objetivo era subir de divisão. Fez-me lembrar a nossa segunda liga. Um futebol muito agressivo”, explica.
Além da experiência futebolística, foi também na Grécia que Paulo Serrão viveu o “episódio mais caricato no futebol”. Paulo Serrão e mais três jogadores moravam num hotel e a lavandaria avariou. “Houve um dia em que a lavandaria do hotel não estava a funcionar, e indicaram-nos onde poderíamos lavar a roupa. Vesti uma roupa menos formal, um fato de treino, barba por fazer, tinha um boné e houve uma rusga da polícia. Fui encostado à parede e meteram-me dentro de um jipe. E pior… eu não trazia documentos comigo”, conta
No entanto, a situação ficou resolvida e o atleta conseguir provar que era profissional de futebol, graças à intervenção do vice-presidente do clube.
Paulo Serrão declara-se muito feliz sobre como a equipa arrancou a época e menciona, então, o trabalho do treinador e da direção. “Primeiro tenho de agradecer ao mister Pedro [Guerreiro] e à direção pelo excelente trabalho que estão a fazer. O mister veio trazer muita qualidade com os jogadores que escolheu para o plantel”, reconhece.
O defesa, graças à sua experiência, sente que tem o papel de tentar guiar os mais jovens. E sobretudo relembrá-los de que a carreira no futebol é breve. “Eu trabalho diariamente e, para mim, é sempre um desafio cada treino e cada jogo. Digo muitas vezes aos mais novos: ‘Vocês aproveitem, porque isto passa muito rápido’”.

Apesar de possuir o segundo nível de treinador e de já ter orientado as camadas jovens do Aljustrelense, Paulo Serrão admite que quando ‘pendurar as botas’, tem de pensar seriamente se quer continuar ligado ao futebol. “Não sei, sinceramente, se quando terminar vou continuar ligado ao futebol. Penso que chega um momento em que nós já demos tanto e já nos privámos de tanta coisa que fico mais inclinado para não seguir. Mas vamos ver”, atira.

Quando questionado acerca do que lhe falta conquistar no futebol, confessa que tem uma última ambição. “Um desejo que tinha era defrontar o Aljustrelense, já que o meu filho joga lá, e jogar contra ele”. Paulo Serrão faz parte da equipa de veteranos do SL Benfica há seis anos e afirmou que no verão, após terminar o campeonato distrital, irá sempre jogar nos veteranos do Benfica.


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