O dia 10 de junho de 2016 tornou imortal o nome de Fernando Santos (e de muitos outros) na história do futebol português e, até mesmo, de Portugal. A célebre conquista do Europeu’2016 em França elevou o treinador português, nascido em Lisboa no ano de 1954, ao patamar de herói, de onde nunca sairá, tal a dimensão do feito inédito conquistado com a Seleção Nacional de Futebol Masculino. Depois disso, Fernando Santos ainda conquistou a 1ª edição da Liga das Nações para Portugal, reforçando, então, o estatuto de lenda no futebol português. Mas, de 2019 para cá, a carreira do técnico entrou numa espiral negativa que acumula desaires e frustrações. E a última foi a passagem pela seleção do Azerbaijão, sem qualquer vitória para amostra em 11 jogos. Fernando Santos – a queda de um herói.
A queda começou em 2020, ainda ao serviço de Portugal. Fernando Santos falhou a qualificação para a fase final da Liga das Nações e, depois, em 2021, comandou a Seleção Nacional do Euro’2020, mas sem sucesso. Uma vitória apenas em quatro jogos – contra a Hungria, adversário de hoje à noite -, um empate com a França e derrotas com a Alemanha (ainda no grupo) e com a Bélgica, nos oitavos-de-final. Parecia, então, ter chegado a maior crise do técnico na Seleção Nacional.
O momento de menor fulgor prolongou-se na qualificação para o Mundial’2022. Para uma Seleção habituada já a conquistas e a qualificações diretas, causou estranheza o facto de a equipa ter falhado esse objetivo ao perder, em casa, com a Sérvia na última jornada do Grupo. O que obrigou a um duplo playoff. Ainda assim, ultrapassado sem grandes dificuldades. Os triunfos sobre a Turquia (3-1) e Macedónia do Norte (2-0) colocavam, então, Portugal no seu devido lugar.
Seguiu-se outra edição da Liga das Nações, onde Portugal não conseguiu vencer o respetivo grupo, ficando atrás da Espanha. E o Mundial’2022 estava, então, à porta…
Portugal entrou a ganhar no Mundial do Qatar. As vitórias sobre o Gana (3-2) e o Uruguai (2-0) pareciam trazer ventos de mudança. Mas, na 3ª jornada da fase de grupos, a derrota com a República da Coreia (2-1) fizeram regressar as nuvens negras. Contudo, o apuramento para os oitavos-de-final do Mundial estava conseguido e os portugueses acreditavam que, a partir daí, a história seria diferente.
E foi, de facto. Desde logo porque, no duelo contra a Suíça, Fernando Santos sentou Cristiano Ronaldo no banco e apostou em Gonçalo Ramos no ataque. A goleada clara, por 6-1, com um hat-trick de Ramos fizeram calar as vozes que se levantaram por ver CR7 de início no banco. Mas parecia, então, que a história iria penalizar Fernando Santos.
Nos quartos-de-final, contra Marrocos, Santos voltou a deixar Ronaldo no banco. E só o lançou aos 51 minutos, quando Portugal já perdia por 1-0. Resultado que se manteve até final e ditou o regresso da Seleção a casa. O afastamento de CR7 tinha trazido dissabores. Desde logo, o adeus do herói à equipa das quinas.
Três meses depois de deixar o comando técnico de Portugal, Fernando Santos assinou pela Polónia. Mas esta foi uma experiência amarga. O selecionador realizou apenas 6 jogos, onde somou três vitórias e sofreu três derrotas. Falhou a qualificação para o Euro’2024 e foi, de imediato despedido pela Federação Polaca de Futebol.
Seguiu-se, em 2023/24, o regresso a um clube, o que não acontecia na sua carreira desde 2009/10, época em que treinara os gregos do PAOK Salónica. Desta vez, assinou pelo Besiktas, onde orientou o médio português Gedson Fernandes. Com um arranque tremido, ainda chegou a embalar num bom ciclo de resultados mas uma derrota caseira frente ao Galatasaray precipitou o início do fim.
No total, Fernando Santos comandou o Besiktas em 16 jogos. Ganhou 7, empatou 4 e perdeu 5, três deles consecutivos em março de 2024. A 13 de abril de 2024, o empate (1-1) caseiro com o Samsunspor ditou a saída do técnico que, ainda assim, deixou a equipa qualificada para as meias-finais da Taça da Turquia, competição que o Besiktas viria a ganhar, por 3-2, na final diante do Trabzonspor.
O desafio seguinte dava pelo nome de Azerbaijão e o plano era a longo prazo. A ideia da federação local transmitida a Fernando Santos era a de que o técnico iria começar a preparar uma equipa que pudesse lutar por um lugar no Euro’2028. Ainda assim, a paciência, como se viu, não seria eterna.
Nos primeiros cinco jogos, Fernando Santos perdeu quatro e só obteve um empate. Mas a sequência negativa manteve-se nos desafios seguintes e a gota de água foi, então, a goleada sofrida diante da Islândia, por 5-0, no 1º jogo de apuramento para o Mundial’2026. No total, o técnico português somou dois empates e nove derrotas ao serviço dos azeris e acabou despedido esta semana.
Se olharmos mais para trás, percebemos que o mau momento de Fernando Santos começou já no Besiktas. Situação que deixa, então, o técnico há 16 jogos oficiais seguidos sem somar qualquer vitória. Fernando Santos – a queda de um herói. Mas, lá diz o ditado popular: “Até os heróis caem um dia mas hão-de levantar-se mais fortes.”
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